Para a escuridão acendo a minha lamparina
Contra a revolução preparo a minha carabina
Dou um tapa no cigarro, para acalmar o medo
E me perco na fumaça, do meu próprio nevoeiro
Por que razão sinto medo de algo que não tenho culpa ?
Carrego as minhas forças, recarrego a munição
E tento encontrar um sentido dentro da minha confusão
Caminho por ruas e praças, esperando o sol amanhacer
Talvez por medo do nada, ou medo da escuridão
Talvez por medo de mim, ou desejos da minha solidão...
Sempre preso dentro do nosso relógio, do nosso tempo
E o tempo passou sem que eu pudesse perceber
Me deixando apenas cinzas, do cigarro que acabei de acender
Talvez procure você, talvez queira me encontrar
Na verdade eu só quero um pouco de paz
E poder pelo corredor voltar a caminhar...
- parte integrante da minha antologia "Sobre Os Muros"
Marcelo Diniz
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