quarta-feira, 5 de maio de 2010

Destino Traçado

O medo no olhar, era tudo o que se via agora

Pálido, assustado, cansado, sem forças

Sem esperança de conseguir escapar

Apenas entregue as presas do destino


No pescoço a marca de dois caninos

E por dentro um quarto escuro

Uma sala fria e cheia de fantasmas

Onde ficava trancado quando menino


Como aceitar um passado tão doloroso ?

Como aceitar seu novo futuro sangrento ?

São escolhas que a vida toma sozinha

Sem perguntar se pode entrar, se pode ficar


Nunca acreditei num destino traçado

Acho que cada um faz o que pode

E mesmo os que fazem e não podem

Sabem que no fim tudo acaba, tudo passa, tudo voa...


Marcelo Diniz

www.marcelodiniz.net

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