" Parece que foi ontem
A mesa de vidro com bolas de ferro
Que prendiam as laterais
A mão pequena, atenta no grande aquário
O lábio marcado no espelho
Pequenas e despretenciosas marcas
Pequenas formas de um mundo bem grande
Com uma imagem ainda fixa
Da Terra do Nunca
Parece que foi ontem
O frio na barriga, o medo do nada
O corredor longo e escuro
O quarto só na outra ponta
O banheiro no meio do caminho
Disparo contra o escuro
Coração acelerado
De um castelo, em ruinas
Do muito em nada, de uma dor solitária
Parece que foi ontem
Que o sonho começou a criar vida
Num espetáculo no coliseu
E foi quando percebi que existem os famintos
Esperando voce cair para ser devorado vivo
E existem as estrelas, e os raios de luz
Que brilham, que marcam, que passam
Mas ficam na cabeça, por tempos
Por hoje, por ontem, pra sempre ...
Parece que foi hoje
Que o mundo voltou a brilhar
Que o Sol do seu olhar aqueceu o inverno
Inverno de uma alma que ja era acostumada
Calejada, com escudos passados
E lá estava o horizonte
Novos horizontes, universo
E cada lembrança, cada muro, cada momento
Parece que foi ... mas é ! "
Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net
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