terça-feira, 25 de maio de 2010

Diário de um outono ( o encontro da arte )

E numa noite fria
Abstrato como o pó
Te recrio em minha poesia
Te faço da forma que quero
Te vejo da forma que sinto
Te narro em versos, te espero
Te peço sincero, nao minto
Te dou luz em mim
- Me conduz assim
Ao bel, ao léu
Tal qual um réu, condenado
Ao céu, longinquo, esperado

Em metamorfose volto
Materializo o abstrato poeta
Volto na forma originária
Um pouco musico, idéia incerta ...

Te recrio então em minha melodia
Te toco, acaricio em perfeita harmonia
Dedilhando, no alto a lua
Por dentro a face tua
Em notas suaves, como gotas do céu
Em graves certeiros, tenso
Floreando, cabelos ao vento
Arpejando, brilho de um sorriso sem fim
Intenso, em mim
Para o todo, enfim ...

Te crio então em obra-prima
Te toco em musica
Te leio em poesia
Imortalizo, materializo
Engano assim a saudade
E minha cabeça então sacia ...


Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Diário de um outono ( a montanha e o caminho )

É a facilidade em caminhar
Por entre o céu e o inferno
Mas de fato não é a morte
Não a do poeta

É o polo norte em chamas
O deserto inundado
Mas de fato não é a morte
Não a do poeta

É um desamor, que fere
É um rancor, que rasga
É um medo, de tudo
Mas não é a morte

Seria covardia demais atribuir isso
Afinal as pedras constroem o caminho
Enquanto voce nao aprende a voar
Precisa pisar em algo sólido

Por vezes tropeça, por vezes chuta
Mas elas estão sempre por lá

É a facilidade em caminhar
Por entre o céu em chamas
Por entre o inferno inundado
Poder tropeçar em cada uma das pedras
E levantar em seguida

Não é a morte do poeta
É a diferença que nos torna comuns
Que cria sonhos e planos
Criando seres humanos

Onde nem todo Chico consegue ser Buarque
Nem todo herói precisa ser covarde
Nem todo amor precisa ser eterno
E nem todo sorriso precisa ser singelo

Eu morri , eu nasci
Não lembro o dia nem o ano
Mas me lembro de tudo que ainda nao fiz
Me lembro de todas as estrelas
E de uma com o brilho mais intenso
Me lembro de todas as mentiras
E de umas que cultivo em verdade
Me lembro de todos os caminhos
E de como todos eles se parecem

E me lembro de um dia
Em uma noite fria
Um sorriso, um brilho
E um coração que novamente se aquecia

Eu morri, eu nasci
Com todas as flores no asfalto
Com todas as pedras e seus espinhos

E mesmo sabendo o final
Sigo novamente o meu caminho ...


Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Diário de um outono ( e as folhas caem... )

O dia em que o poeta morre
Perdendo a direção
Perdendo a vontade
Sem ter fonte ou inspiração
Nem tampouco necessidade

Morre por dentro, sacramentado
Um muro se ergue, tal qual uma lápide
E tudo o que parecia certeza
Já vira novamente duvida
Será que morrem os poetas?

Ou o que morre é a necessidade do desapego
É o desespero de saber que é a hora de sair
Que esse mundo ficou pequeno, é a hora de pular
Saltos mais altos, longe dos cegos
Desses que nem fazem questão de me ver
Desses que só aturam
Desses que só querem algo em troca
Que esgotam a minha ternura

- Luz!, pediu o poeta
Mas porque se esconde nas minhas sombras?
É a hora de pular, longe dos surdos
Que nunca fizeram questão de me ouvir
Que apenas aturam, e urram
Desses que esgotam o meu positivismo
E nem se preocupam em saber quem habita aqui

Eu nunca pedi nada em troca
Mas é um caminho tão doloroso
Quando voce olha ao redor e observa o deserto
Repleto de gente vazia, de horas tardias
De uma van-esperança em filosofia

Pode até ser sinais de loucura
Deveras abstrato
Posso tambem estar cego
Deveras ingrato

Tenho caminhado constantemente pelo breu
De um dia inteiro
De uma angustia serena, terrena
De uma semana pequena
Um intenso caminhar, nem sempre em sonhos
Nem sempre a voar

Eu sou muitos
Em tantos conflitos
Com certos esforços
E gritos aflitos

Eu sou pouco
Sou louco
Abstrato em tijolo
De fato, um tolo

Mas porque continuar a caminhada?
Porque nao isolar o poeta?
- Apaga ele no seu quarto escuro ...

Porque ele é guiado pelo brilho intenso
O mesmo que move o caminhar
Dos mitos que fazem valer o pouco que sou
Raios de luz que chegam pela arte
E ficam, inteiros, em partes ...

Um oásis no meio do deserto
A ultima gota, que borra o papel
De mais esse relato de um Outono

Obrigado por passar por aqui
Obrigado por estar por ai
Por brilhar para mim
Por ser assim...

* Aqui faz... *

"Isso não é coisa da minha cabeça
Mas se por acaso for, só não me esqueça
Apareça ..."


Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Diário de um outono ( das lembranças )

" Parece que foi ontem
A mesa de vidro com bolas de ferro
Que prendiam as laterais
A mão pequena, atenta no grande aquário
O lábio marcado no espelho
Pequenas e despretenciosas marcas
Pequenas formas de um mundo bem grande
Com uma imagem ainda fixa
Da Terra do Nunca

Parece que foi ontem
O frio na barriga, o medo do nada
O corredor longo e escuro
O quarto só na outra ponta
O banheiro no meio do caminho
Disparo contra o escuro
Coração acelerado
De um castelo, em ruinas
Do muito em nada, de uma dor solitária

Parece que foi ontem
Que o sonho começou a criar vida
Num espetáculo no coliseu
E foi quando percebi que existem os famintos
Esperando voce cair para ser devorado vivo
E existem as estrelas, e os raios de luz
Que brilham, que marcam, que passam
Mas ficam na cabeça, por tempos
Por hoje, por ontem, pra sempre ...

Parece que foi hoje
Que o mundo voltou a brilhar
Que o Sol do seu olhar aqueceu o inverno
Inverno de uma alma que ja era acostumada
Calejada, com escudos passados
E lá estava o horizonte
Novos horizontes, universo
E cada lembrança, cada muro, cada momento

Parece que foi ... mas é ! "


Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net

sábado, 15 de maio de 2010

Diário de um outono ( os ventos do sul )

Que passam pelas ruas levando tudo que ficou

Coisas que ainda machucam

Coisas que já nem importam mais

Coisas que passaram, coisas que virão

Ventos de inverno, em tempos de verão


Dos que movem moinhos

E movem sozinhos

Vento minuano, que esfria a erva

Gira o catavento

E faz apontar no horizonte

O ultimo nau a deriva


Nuvens passageiras, entorpecidas

Nuvens traiçoeiras, perdidas


Nuvens varridas, levadas

Coisas de antes, lágrimas que caem

Noite a dentro, noites mal dormidas


Que venham os ventos do sul

E que sejam sempre ventos da vida !



Marcelo Diniz

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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Diário de um outono ( o caminhar )

Caminhando, cantando, seguindo
Afinal, é o sinal dos tempo
Coração na mão, ardendo como um tango
Ao alcance e tão longe
Segue a caminhada
Me sinto vivo
Com a nostalgia dos tempos futuros
Com a ampulheta virada para mim
Onde o tempo é meu, meu começo
Com o meio que eu quiser
E se eu não quiser, sem um fim

Não importa o quão errado eu caminhe
Alguem tem que caminhar

Por vezes um medo até juvenil
Por horas um anseio febril
Por dias uma angustia viril
Por anos em tom acinzentado
Só para me contrariar e escapar da rima clichê

Por dias perdidos, caminhando sem mim
Pensando em você


Marcelo Diniz
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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Diário de um outono ( as folhas )

As folhas, nem sempre as secas
Despregam dos galhos, por vezes com o vento
Que faz o papel de carrasco e salvador
Que tira a segurança e joga ao mundo
Que da a esperança de um novo rumo
Que tira o alimento, liquido e certo
Que da mais movimento, brisa na cara

Os sonhos são folhas
E as vezes, enraizados demais
Esquecemos de ventar
De despregar dos galhos
As vezes secam ... e caem
As vezes brotam uma flor

Um sonho, de brilho intenso


Marcelo Diniz
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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Diário de um outono ( o deserto... )

Em dias que parecem anos
Enquanto andamos sem rumo
Correndo atras do proprio rabo
Circulos, por séculos

Fugimos do medo de ser feliz
Onde a mais bela marcha, ao horizonte
Perde o encanto, por miseras pedras no caminho
Morremos em egoismo

Puro egoismo, egocêntrico, egóico
Vivemos a singularidade
Esquecemos que nunca estivemos sozinhos
E que o horizonte vai muito além do umbigo

Perdemos momentos, desses que formam a vida
Perdemos a vida, presos a velhos momentos
Perdemos o tempo sem achar a saida
E quando achamos a saida, já nem temos tempo

Onde a mais bela marcha agora é a fúnebre
E nem por isso deixa de ser bela
Tal qual um deserto límpido
Que nao precisa de outra forma vivente

Vivemos presos em um deserto
Sem profetas
Sem filósofos
Sem poetas
Além do eu que nos habita

E se nao buscarmos renascer
Se nao nos reinventarmos a cada dia

Fatalmente iremos padecer de sede, dentro de nós!


- Tenho sede, e tenho um mapa... vem comigo!


Marcelo Diniz
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terça-feira, 11 de maio de 2010

Diário de um outono ! ( o começo... )

Mas tem momentos em que o coração aperta
Só para te mostrar que ele está vivo
E por mais que voce tente tranca-lo
Não consegue, pois isso não é da sua natureza

Ame a vida
Viva em amor
Ame-se

Sempre sonhei em ser isso
Exatamente isso que eu sou hoje
Sei que posso ir muito além
Além de qualquer coisa que eu possa imaginar

Achei que no outono eu iria ter mais inspiração
Dias cinzas, vento gelado, clima frio
Mas ao contrario, travei

O clima está totalmente propicio, e eu fechado
Faz mais frio aqui dentro, ao lado dos ossos

Acho que estou com medo de mim
Ou então estou me poupando para voce!

O fato é que estou perdido
Não me acho nem no espelho

Acho que só consigo me encontrar nos seus olhos!


Marcelo Diniz
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domingo, 9 de maio de 2010

Jornada

" O final de uma década, ponto de partida

Rumo ao novo tempo, recomeço

A inversão dos papéis, o que outrora era apenas estrela

Hoje é o astro rei, imponente, poderoso


O caminho é tortuoso , me dá a sua mão

E vamos juntos, dançando pelas curvas

Subindo nas pedras, para ver o horizonte

Aquecendo o coração, mesmo com o frio dos tempos


Caminho lindo, sonhos que não passam

A mão sempre esticada, puxando dos buracos

Me dá a sua mão e vamos juntos

Dançando no campo florido, por entre os girassóis


Já que tudo tem um propósito, um sentido

E o meu sentido sempre foi você "


- Toda poesia, ao menos as que eu escrevo e se assim posso chama-las, sempre tem uma história, um alguém envolvido, tal qual um diário autobiografico mesmo... essa aqui em especial tem um nome para ser rotulado.. dona Lucia, minha mãe :) ...



Marcelo Diniz

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sábado, 8 de maio de 2010

Lágrimas De Anjo

Deitado sobre o dorso, já sem consciencia
Entorpecido pela vida que escolheu
Não consegue mais tirar forças de dentro
Tampouco de fora, tudo é distante
Dormindo com os olhos abertos
Quase um zumbi, um morto vivo
Que sofre com o dia e desconta a raiva na noite
Sofre com a tristeza que ele mesmo criou

E sentado a sua frente um pequeno anjinho observa a cena
Sem entender o que acontece, que mundo estranho é esse
Em quantas doses cabem uma vida ?
Qual o tamanho de um copo para se afogar dentro ?
Qual realidade é a pior, a consciencia ou o transe profundo ?
Quantas lágrimas são necessárias para encher o copo da vida ?...

O que aconteceu com a nossa raça ?
Onde queremos chegar, o que queremos provar ?
Por que fugimos de uma realidade que nem criamos ?
Por que atravessamos um rio, em busca de água na outra margem ?

Estamos num periodo de PESTE, é a peste humana
Que talvez nem tenha cura, nem extinção
Anjos caidos, anjos sem fé, anjos sem vida

E a única forma de corrigirmos o futuro é buscar uma evolução
Evolução passada, é tentarmos de fato ser quem nunca fomos

E nada que me entorpeça pode me fazer bem...


Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net

Espelhos!

A sua dor é a minha dor

Se te machuca, se te fere o corpo

Também me corta, me faz mal


A sua solidão é o meu sofrimento

A distanca não vai conseguir separar

Algo unido pelo canto dos anjos


A sua espera é o meu martírio

Fico agoniado, me remoendo

Pensando em como abrir a janela do tempo

Para que ele escape mais rápido


A sua decisão é a minha esperança

Fico tranquilo em saber o que você quer

Já me preparo, já me armo

Para enfrentar a guerra.


A sua presença é o meu céu

É como se eu pudesse voar, eu posso voar

E vou te levar junto, para o alto, para o infinito

Sem que ninguém possa derrubar

Sem que ninguem consiga quebrar o nosso sonho...


Marcelo Diniz

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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Por Enquanto

E mesmo que eu pudesse falar
A lingua dos homens e dos ratos
Jamais conseguiria entrar no mais sórdido buraco
E sem entender o porque dessa necessidade sombria

O porque dos caninos clamarem por sangue, e arderem em chamas
Tentando negar algo que está sendo mais forte
Algo que sempre esteve em mim, desde os primórdios da carne
Em tempos remotos, tempos de seca, nada saciava a minha sede
Nada fazia a inquietação parar, a vontade de ir além

De voar como uma águia, a procura de sua presa, fácil, indefesa
De voar para dentro, de descobrir o que eu sou ? porque eu sou ?
Procurar outros mundos, de voltar para o além, para devolver tudo
Todas as vozes que sussurram no meu ouvido,
Que não me deixam dormir

Que me acusam, que me culpam de algo que eu fiz,
Mesmo sem eu saber o que é
Noites estranhas, e na manhã seguinte o corpo todo dolorido,
As vezes rasgado
E sempre quando vejo o sol me esqueço
De tudo o que aconteceu na noite anterior.
Sempre... até quando ? , por enquanto...


Marcelo Diniz
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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Destino Traçado

O medo no olhar, era tudo o que se via agora

Pálido, assustado, cansado, sem forças

Sem esperança de conseguir escapar

Apenas entregue as presas do destino


No pescoço a marca de dois caninos

E por dentro um quarto escuro

Uma sala fria e cheia de fantasmas

Onde ficava trancado quando menino


Como aceitar um passado tão doloroso ?

Como aceitar seu novo futuro sangrento ?

São escolhas que a vida toma sozinha

Sem perguntar se pode entrar, se pode ficar


Nunca acreditei num destino traçado

Acho que cada um faz o que pode

E mesmo os que fazem e não podem

Sabem que no fim tudo acaba, tudo passa, tudo voa...


Marcelo Diniz

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terça-feira, 4 de maio de 2010

Epístola

É meu caro amigo Lennon
Acho que vou partilhar de sua idéia
Brindo com outra dose de martini
Afinal sei que sou um sonhador
Mas já sei que não sou o único

Brindo a ti com a vida
Enquanto dela eu puder me fartar
E garanto que enquanto aqui existirem sonhos
Por mais que sejam contrário ao mundo
Jamais deixarei de sonhar!

No fundo acho que eles ainda não entenderam
Aquele papo todo sobre a paz e o amor
Preocupados em cercar, em guardar em ter
Transformaram o planeta em tão pouco ser
Perdidos no próprio louvor

Mas nao ficarei te enchendo com problemas mundanos
Escrevo esta apenas como um "olá"
E que por mais que o sonho pareça ter acabado
Enquanto eu estiver por aqui
Não deixo ele acabar !

Valeu meu nobre amigo...


Marcelo Diniz
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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Ali no mar, aqui no céu!

Vivo poetizando a vida
Para poder em poesia
Viver cada um de meus dias
Da forma como quiser

Vivo a vida em melodia
Para que com o som de sua harmonia
Em escalas maiores de inspiração
Poéticamente seja uma bela canção

Canto ao som do seu encanto
Brilho de luz infinito
Que a cor dará ao paraiso
Acordando um verso em inspiração

Acordo dentro dos teus olhos
Mas nao vejo por onde andas
Por um flagelo, uma lembrança
Me perco dentro do teu ser

E te faço em verso e poesia
Te imortalizo, te dou vida interna
Tatuando a alma, com ferro e fogo
Te coloco de volta em mim

Juntos somos todos
Todos somos muitos
Intenso, tenso e eterno
E dos muitos, somos um !


Marcelo Diniz
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Talvez Por Medo

Para a escuridão acendo a minha lamparina

Contra a revolução preparo a minha carabina

Dou um tapa no cigarro, para acalmar o medo

E me perco na fumaça, do meu próprio nevoeiro


De que me vale estar munido, se eu tenho medo da luta ?

Por que razão sinto medo de algo que não tenho culpa ?

Carrego as minhas forças, recarrego a munição

E tento encontrar um sentido dentro da minha confusão


Um dia na vida passa, sem saber o que pode acontecer

Caminho por ruas e praças, esperando o sol amanhacer

Talvez por medo do nada, ou medo da escuridão

Talvez por medo de mim, ou desejos da minha solidão...


Mas a chama persiste, e por mais deserto que seja, lá está o Sol

Sempre preso dentro do nosso relógio, do nosso tempo

E o tempo passou sem que eu pudesse perceber

Me deixando apenas cinzas, do cigarro que acabei de acender


Olho no espelho, procuro um refugio no fundo do olhos

Talvez procure você, talvez queira me encontrar

Na verdade eu só quero um pouco de paz

E poder pelo corredor voltar a caminhar...

- parte integrante da minha antologia "Sobre Os Muros"



Marcelo Diniz

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Até o sempre!

" Intenso demais, por toda poesia
Na vida em verso, mapa dos meus passos
Te acho, me perco, atordoado
Enfim quebra-se o muro, e agora?
Não sei mais como é lá fora
Sonho em caminhos, acordo em vontades
Ode ao que se pode, tal qual Dom Dinis

Deveras e por todo o sempre
Em outra peripécia que me prego
Movido pelo anseio, brilho infinito
As horas são poucas, por vezes loucas
Intenso demais, por toda a vida
Sempre, até chegar, até o fim, até agora "


Marcelo Diniz
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