E todo pensamento
Sempre começa e termina
Com você
Desde a hora do Sol subir
Até a hora dele descer
Acordo em você
E permaneço até adormecer
Já não sei mais de mim
Já não sei mais do fim
Já não sei mais
Em você
Com você
Descanso em paz
Marcelo Diniz
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segunda-feira, 25 de novembro de 2013
domingo, 17 de novembro de 2013
Bailam
Dança
Gira e roda no céu
Doce mulher-criança
Pinta arco-íris com o véu
Transborda alegria e leveza
Suando gotas de mel
Espetáculo de sorrisos
De olhos...
De cabelos...
De alma...
Dança mulher-criança
Gira o mundo do observador
Pinta a nossa dor
Transborda nossa calma
(...e dança...)
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Gira e roda no céu
Doce mulher-criança
Pinta arco-íris com o véu
Transborda alegria e leveza
Suando gotas de mel
Espetáculo de sorrisos
De olhos...
De cabelos...
De alma...
Dança mulher-criança
Gira o mundo do observador
Pinta a nossa dor
Transborda nossa calma
(...e dança...)
Marcelo Diniz
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quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Cotidiano
Sem pestanejar abra a janela
Indique o caminho
Mostre as formas para seguir sozinho
Saia do muro, pule
Imóvel viverá só de brisas
Movimente o raso, suje o fundo
Sopre o nó da sua garganta
Invoque seus bons
Misture seus dons
Salte da zona de conforto
Inicie caminhadas pela rua do porto
Misture o reto, aprecie o torto
Marcelo Diniz
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Indique o caminho
Mostre as formas para seguir sozinho
Saia do muro, pule
Imóvel viverá só de brisas
Movimente o raso, suje o fundo
Sopre o nó da sua garganta
Invoque seus bons
Misture seus dons
Salte da zona de conforto
Inicie caminhadas pela rua do porto
Misture o reto, aprecie o torto
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Sonho
Era um campo de algodão
Formava desenhos, feito nuvem
Criava formas circulares
Ganhava o céu, igual bolha de sabão
Subindo alto, abstraindo a resistência
Espalhava pó no cosmos
Impregnava doce essência
E voltava partículas pelo ar
Caindo lindo, colorido
E no meu súbito suspiro
Se apossava de mim
Fazendo cada pequena parte
Para dentro
Eu respirar...
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Formava desenhos, feito nuvem
Criava formas circulares
Ganhava o céu, igual bolha de sabão
Subindo alto, abstraindo a resistência
Espalhava pó no cosmos
Impregnava doce essência
E voltava partículas pelo ar
Caindo lindo, colorido
E no meu súbito suspiro
Se apossava de mim
Fazendo cada pequena parte
Para dentro
Eu respirar...
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Sólido
Encostava o ouvido no tijolo
Que sempre foi das lamentações
Agora era um muro dos conselhos
Pedra gelada, esfriava a cabeça
E de todas as confusões, uma certeza
Seja sólido, feito concreto
Não passe batido
Não passe por cima
Mas passe por perto
Encostava a cabeça e pensava
Ecoavam devaneios
Escutava a cabeça
E parava...
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Que sempre foi das lamentações
Agora era um muro dos conselhos
Pedra gelada, esfriava a cabeça
E de todas as confusões, uma certeza
Seja sólido, feito concreto
Não passe batido
Não passe por cima
Mas passe por perto
Encostava a cabeça e pensava
Ecoavam devaneios
Escutava a cabeça
E parava...
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Nas abas da janela
E da outra aba da janela
Vejo a árvore que você pintou
E a rua que vai até a esquina
Forrada por folhas já amarelas
Colorida pelos risos das meninas
Desses momentos do cotidiano
A janela é um que me faz bem
De lá eu vejo
Quando você vai
De lá eu vejo
Quando você vem
Floreando meu sonho cotidiano
Meus dias, meus meses, meus anos
Marcelo Diniz
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Vejo a árvore que você pintou
E a rua que vai até a esquina
Forrada por folhas já amarelas
Colorida pelos risos das meninas
Desses momentos do cotidiano
A janela é um que me faz bem
De lá eu vejo
Quando você vai
De lá eu vejo
Quando você vem
Floreando meu sonho cotidiano
Meus dias, meus meses, meus anos
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quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Crianças
Amo como ama uma criança
Na pureza dos momentos
Na lágrima de cada esperança
Na doçura de cada tarde
Do Sol do outono que bate na pele
Que descasca o rosto
E que só na hora do banho arde
Reclama a noite toda
E na manhã seguinte
Logo corre para a piscina
Amo como ama uma criança
Que sente amor de verdade
Quando a loucura do outro
Também fascina
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Na pureza dos momentos
Na lágrima de cada esperança
Na doçura de cada tarde
Do Sol do outono que bate na pele
Que descasca o rosto
E que só na hora do banho arde
Reclama a noite toda
E na manhã seguinte
Logo corre para a piscina
Amo como ama uma criança
Que sente amor de verdade
Quando a loucura do outro
Também fascina
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quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Madrugada
No escuro da madrugada
Todo gato é pardo
Todo canto é buraco
Todo choro é raso
Todo encosto é santo
Todo sangue é puro
Todo santo é barro
No escuro da madrugada
Todo plano é sonho
Todo rumo é certo
Todo som é limpo
Todo fogo é sopro
Todo bar é altar
Todo longe é perto
No escuro da madrugada
Ou no silêncio da alvorada
Eles te olham com medo
Eles te observam distante
Mas não são indiferentes
Com a sua presença
E respeitam o momento
Do seu instante
Marcelo Diniz
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Todo gato é pardo
Todo canto é buraco
Todo choro é raso
Todo encosto é santo
Todo sangue é puro
Todo santo é barro
No escuro da madrugada
Todo plano é sonho
Todo rumo é certo
Todo som é limpo
Todo fogo é sopro
Todo bar é altar
Todo longe é perto
No escuro da madrugada
Ou no silêncio da alvorada
Eles te olham com medo
Eles te observam distante
Mas não são indiferentes
Com a sua presença
E respeitam o momento
Do seu instante
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domingo, 22 de setembro de 2013
Divagar (com café)
Deixo aqui tudo que tenho
Um testamento em folha limpa
Em branco, pinte-me em momentos
Faça-me movimento
Transborde em ação
Deixo aqui um testamento
De tudo que possuo
Do mais puro e são
Deixo-me em ideias
Deixo-te meu coração
E diga-me, querida
Hoje, quanto tempo você fica?
Esqueço da vida e preparo o café?
Ou degusto o café
E te preparo a minha vida?
Marcelo Diniz
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Um testamento em folha limpa
Em branco, pinte-me em momentos
Faça-me movimento
Transborde em ação
Deixo aqui um testamento
De tudo que possuo
Do mais puro e são
Deixo-me em ideias
Deixo-te meu coração
E diga-me, querida
Hoje, quanto tempo você fica?
Esqueço da vida e preparo o café?
Ou degusto o café
E te preparo a minha vida?
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sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Lembra?
Lembra linda Lua?
Lábios lúdicos
...Leonardo, Lennon...
Lugar longínquo
Lisérgico
Longe, longe, lindo
Lembra?
Levanta logo
Limites, lágrimas, loucura
Lótus lilás
Lia lembranças, leve
Longo luar
Lembra?
Limiar lânguido
Lunático
Lar... lado... lindo
Lembra, linda Lua?
Marcelo Diniz
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Lábios lúdicos
...Leonardo, Lennon...
Lugar longínquo
Lisérgico
Longe, longe, lindo
Lembra?
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Limites, lágrimas, loucura
Lótus lilás
Lia lembranças, leve
Longo luar
Lembra?
Limiar lânguido
Lunático
Lar... lado... lindo
Lembra, linda Lua?
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quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Rapunzel
No alto da torre
Olhava o lindo sorriso
Da Lua
Vislumbrando, sonhando
Com um milagre
Prateado
Rabo de cometa
Cavalo alado
Cruzava o céu
Cometa sentimento
Amado
Olho nu, fitava a Lua
Doce singela
Nua... doce... ela.
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Olhava o lindo sorriso
Da Lua
Vislumbrando, sonhando
Com um milagre
Prateado
Rabo de cometa
Cavalo alado
Cruzava o céu
Cometa sentimento
Amado
Olho nu, fitava a Lua
Doce singela
Nua... doce... ela.
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domingo, 8 de setembro de 2013
Lua Nossa
Sorria e piscava a Lua
Tal qual bandeira turca
Estampava o centro do céu
Formava sinal curvado
Feito vírgula cósmica
Pintava universo de papel
Da vida que continua
Passeando entre o bem e o mal
O infinito pinta uma vírgula
E nos insistimos
Em imaginar um ponto final.
Marcelo Diniz
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Tal qual bandeira turca
Estampava o centro do céu
Formava sinal curvado
Feito vírgula cósmica
Pintava universo de papel
Da vida que continua
Passeando entre o bem e o mal
O infinito pinta uma vírgula
E nos insistimos
Em imaginar um ponto final.
Marcelo Diniz
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segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Nós
Eu poderia dizer
Que era só saudade
As noites em claro
Os dias mais raros
O Sol brilhando sua face
Em meus pensamentos
Até que o café acabasse
Eu poderia dizer
Que era só vontade
Cada vez que seu cheiro
Surgia no meio do caminho
Em cada lágrima de chuva
Feito gota bruta
Espalhava-me em poças de carinho
Eu poderia dizer
Que era só
Figura singular desse roteiro
Mas cada vez que balanças o cabelo
E vejo na silhueta da Lua
Seu rosto em mim, feito espelho
Viramos nós, sós, no resto do mundo inteiro
Marcelo Diniz
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Que era só saudade
As noites em claro
Os dias mais raros
O Sol brilhando sua face
Em meus pensamentos
Até que o café acabasse
Eu poderia dizer
Que era só vontade
Cada vez que seu cheiro
Surgia no meio do caminho
Em cada lágrima de chuva
Feito gota bruta
Espalhava-me em poças de carinho
Eu poderia dizer
Que era só
Figura singular desse roteiro
Mas cada vez que balanças o cabelo
E vejo na silhueta da Lua
Seu rosto em mim, feito espelho
Viramos nós, sós, no resto do mundo inteiro
Marcelo Diniz
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sexta-feira, 30 de agosto de 2013
O Céu
Na dança do tempo
Sempre ou nunca
É cada momento...
E brilha no céu
Da nossa alma
Sentimento lindo
De amor em glória...
Cruzam cometas
De anunciação
E entre os astros
Do reino celeste
Ficaria decretado então
Que o Sol e a Lua
Em perfeita comunhão
Ficariam constantes
...no mesmo céu
Desfrutando juntos
Toda luz
Toda escuridão
Marcelo Diniz
sábado, 24 de agosto de 2013
Rogai
Ó princesa LUA
Tú que és tão bela
Guia-me pela rua
Protege meu ofício trovador
Sacia meu peito de amarguras
Cicatriza cada chaga de dor
Transforma minha luz
Em amor
Transforma minha fé
Em coragem
Joga-me no centro do mundo
E zela, para que seja
Jornada pura e bela
Vou, mas volto
Com coração de leão alado
Com todos os sonhos do mundo
Com abraço, sincero e profundo
Para olhar para o céu
Ao seu lado...
Marcelo Diniz
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Tú que és tão bela
Guia-me pela rua
Protege meu ofício trovador
Sacia meu peito de amarguras
Cicatriza cada chaga de dor
Transforma minha luz
Em amor
Transforma minha fé
Em coragem
Joga-me no centro do mundo
E zela, para que seja
Jornada pura e bela
Vou, mas volto
Com coração de leão alado
Com todos os sonhos do mundo
Com abraço, sincero e profundo
Para olhar para o céu
Ao seu lado...
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sexta-feira, 23 de agosto de 2013
A Fábula
E era lá que ela estava
Em outra festa da corte
Lugar alto em meu pensamento
Na torre das brisas do norte
Meu puro-sangue levou-me
Rápido, astuto e certeiro
E ao avistar sua feição
Ao longe... no portão
Em abrupto sentimento
Fiquei puro, por inteiro
- Quem sois? disse o rei
- O que faz em meu castelo?
"Venho em paz majestade
Entre o mar e o céu sou elo
Um trovador das estrelas...
Os mensageiros dos ventos
Me trouxeram no cometa amarelo...
Venho visitar sua princesa
Dos olhos de LUA cheia
Dos lábios de céu
Da essência de universo
Dos sonhos do mundo
De sonho meu..."
- Abram os portões para o trovador
Sirvam-lhe fatias de luz
Deem-lhe goles de amor...
Marcelo Diniz
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Em outra festa da corte
Lugar alto em meu pensamento
Na torre das brisas do norte
Meu puro-sangue levou-me
Rápido, astuto e certeiro
E ao avistar sua feição
Ao longe... no portão
Em abrupto sentimento
Fiquei puro, por inteiro
- Quem sois? disse o rei
- O que faz em meu castelo?
"Venho em paz majestade
Entre o mar e o céu sou elo
Um trovador das estrelas...
Os mensageiros dos ventos
Me trouxeram no cometa amarelo...
Venho visitar sua princesa
Dos olhos de LUA cheia
Dos lábios de céu
Da essência de universo
Dos sonhos do mundo
De sonho meu..."
- Abram os portões para o trovador
Sirvam-lhe fatias de luz
Deem-lhe goles de amor...
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domingo, 18 de agosto de 2013
Lápis
Queria ter sido escrito...
Com lápis
Porque cada vez que eu tento
Apagar um passo torto
Acabo borrando a folha
Borracha que rasga
E amassa
Espalha a tinta
Mistura as linhas
E só aumenta visualmente
Para que no livro da minha vida
Cada erro fique estampando
De forma gigante, na minha mente
Ser escrito com lápis
Apagar, limpar a sujeira
Deixar limpo o papel
Ser escrito com lápis
Assoprar a poeira
Espalhar abstrato pelo céu
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Com lápis
Porque cada vez que eu tento
Apagar um passo torto
Acabo borrando a folha
Borracha que rasga
E amassa
Espalha a tinta
Mistura as linhas
E só aumenta visualmente
Para que no livro da minha vida
Cada erro fique estampando
De forma gigante, na minha mente
Ser escrito com lápis
Apagar, limpar a sujeira
Deixar limpo o papel
Ser escrito com lápis
Assoprar a poeira
Espalhar abstrato pelo céu
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Grão de Vidro
Tem dias que eu fico
Mais vazio que a lua cheia
Sem vento para espalhar
As crateras, os grãos de areia
Vazio sem eco nem vácuo
Gelado tempo de angústia
Faz tuberculo caco
Viro grão de vidro
Alguns dizem que eu morro
Outros dizem que eu mato
E eu até duvido...
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Mais vazio que a lua cheia
Sem vento para espalhar
As crateras, os grãos de areia
Vazio sem eco nem vácuo
Gelado tempo de angústia
Faz tuberculo caco
Viro grão de vidro
Alguns dizem que eu morro
Outros dizem que eu mato
E eu até duvido...
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Salvador Daqui
A primeira dos 34
Queria escrever diferente
Um texto fora dos meus clichês
Escapando dos meus fatos
Mas sempre acabo rodando
E rodando, e rodando
Até que caio
Eu nego, mas procuro a salvação
Que alguém estique a mão e puxe
Do meio de alguma constelação
Um salvador daqui, de lá, da li
Até que seja
Salvador de Si
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Queria escrever diferente
Um texto fora dos meus clichês
Escapando dos meus fatos
Mas sempre acabo rodando
E rodando, e rodando
Até que caio
Eu nego, mas procuro a salvação
Que alguém estique a mão e puxe
Do meio de alguma constelação
Um salvador daqui, de lá, da li
Até que seja
Salvador de Si
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quinta-feira, 25 de julho de 2013
Tanto Quanto
Escorria em saudade
Por cada passo seu
Deixando um rastro de vontade
Feito pingo púrpura
Em poça cristalina
Que espalha aos poucos
Aos tantos
Aos cantos
...não doía
Pois não tinha por onde...
Era um vazio
No peito, feito alucinação
...era um vazio, buraco constante
Desde o dia em que te dei
O meu coração.
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Por cada passo seu
Deixando um rastro de vontade
Feito pingo púrpura
Em poça cristalina
Que espalha aos poucos
Aos tantos
Aos cantos
...não doía
Pois não tinha por onde...
Era um vazio
No peito, feito alucinação
...era um vazio, buraco constante
Desde o dia em que te dei
O meu coração.
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sexta-feira, 19 de julho de 2013
O Salto
E na próxima vez
Que a luz do farol
Iluminar a rua
E ancorar em frente
A minha persiana singela
Eu salto lá de cima
Do parapeito do primeiro andar
Sem lenço nem documento
Sem chave para poder voltar
Já não precisarei mais
Da janela
Nem das chaves
Nem da caverna
Salto para a vida
Agora eu só preciso dela.
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Que a luz do farol
Iluminar a rua
E ancorar em frente
A minha persiana singela
Eu salto lá de cima
Do parapeito do primeiro andar
Sem lenço nem documento
Sem chave para poder voltar
Já não precisarei mais
Da janela
Nem das chaves
Nem da caverna
Salto para a vida
Agora eu só preciso dela.
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quinta-feira, 18 de julho de 2013
Ensaio Sobre o Cotidiano
O cotidiano é o bicho mais feroz de todos os tempos, devora
civilizações, devora idéias, devora vontades, por pura falta de opção, pura e
simples vaidade.
Sabe que independe de religião, mas veja os fatos, jogue seu
relógio do tempo para 2.000 anos, daqui pra frente, e ainda assim alguém vai
puxar o seu tapete por muito menos que 10 moedas de ouro, nosso cotidiano
mesquinho fará disso um constante caminho. Por pura conveniência alguém também
vai de forma descarada, aceitar ou negar
a sua existência, te dar um beijo falso ou um abraço apertado, enquanto ainda tiver
interesse em seu par de sapato, quiser proclamar o seu reino, reivindicar o seu
afago.
Agora se você tem força o suficiente para passar por cima de
tanto ódio e tanta dor, e pregar feito um profeta solitário no deserto, sobre o
bem que faz o AMOR, ai pode passar mais 20.000 anos, que o feroz cotidiano
ainda fará com que você seja de forma justa e honesta (novamente) o único pregado.
Marcelo Diniz
Toque de Midas
Eu amava a Lua
Mas tinha o Sol como elemento
Triste caminho de desencontros
Quis assim o meu destino
Cósmico ou kármico intento
Minhas mãos quentes
Aqueciam a geada
O vento gelado da madrugada
Mas feito fogo em minha palma
Tal qual o toque de Midas
Todo esse calor em luz
Ainda não aquecia
Minha pobre e triste alma...
Marcelo Diniz
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Mas tinha o Sol como elemento
Triste caminho de desencontros
Quis assim o meu destino
Cósmico ou kármico intento
Minhas mãos quentes
Aqueciam a geada
O vento gelado da madrugada
Mas feito fogo em minha palma
Tal qual o toque de Midas
Todo esse calor em luz
Ainda não aquecia
Minha pobre e triste alma...
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Ensaio Sobre a Vontade
E quem diria que era nisso que a vida iria se transformar,
nesse monte de – Mas como? Que eu vivo
perguntando para o grande nada infinito, em horas que a janela me
prende, em horas a fio olhando para o chão... Percebi que eu não estava
questionando ou procurando a providência divina, eu tentava era me encontrar em
algum espelho do futuro, em algum caminho do passado, tentava não passar em
branco por toda essa vida circundada em fatos... A vida é aquilo que passa
enquanto você busca a melhor forma de resolver seus traços.
Eu busco apenas ser honesto com minha verdade, e deixo a providência divina e a conspiração do universo que se manifeste em minhas vontades.
Eu busco apenas ser honesto com minha verdade, e deixo a providência divina e a conspiração do universo que se manifeste em minhas vontades.
É a vontade que muda o mundo, que de forma pura e certeira,
transforma o que outrora foi um devaneio, numa projeção utópica verdadeira.
Marcelo Diniz
Marcelo Diniz
terça-feira, 16 de julho de 2013
Ruas de Fogo
Foi então que eu acordei
Deveras sonolento
Desse sonho em tormento
Eram ruas de fogo
Fumaça no céu
E a imagem da face nua
Estampando no meu centro
Silhueta sua
Fazia-me derreter feito água
Borbulhava em minhas chamas
E desfazia pelo ar
Feito cheiro de eucalipto
Grudava feito mel
Depois em chuva negra
Escorria feito lama
...virava para os lados
Eram três da matina
E eu sentado na cama...
Ardia em suor
Ainda derretia em minhas chamas
Mas do vão escuro da janela
Ouvia o grito do silêncio
Da sua voz, ausente... presente
- Onde estás? Onde estás que não me chamas?
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Deveras sonolento
Desse sonho em tormento
Eram ruas de fogo
Fumaça no céu
E a imagem da face nua
Estampando no meu centro
Silhueta sua
Fazia-me derreter feito água
Borbulhava em minhas chamas
E desfazia pelo ar
Feito cheiro de eucalipto
Grudava feito mel
Depois em chuva negra
Escorria feito lama
...virava para os lados
Eram três da matina
E eu sentado na cama...
Ardia em suor
Ainda derretia em minhas chamas
Mas do vão escuro da janela
Ouvia o grito do silêncio
Da sua voz, ausente... presente
- Onde estás? Onde estás que não me chamas?
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Rotina
Poderia sair do rumo
Criar nova rotina
Desbravar o velho mundo
Mas e os muros?
Demorei tanto para pintar
Demorei tanto para compor
Demorei tanto para escrever
Que abandoná-los agora
Seria a forma mais covarde
De negar a verdade
De forçar de forma errada
A manifestação da vontade
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Criar nova rotina
Desbravar o velho mundo
Mas e os muros?
Demorei tanto para pintar
Demorei tanto para compor
Demorei tanto para escrever
Que abandoná-los agora
Seria a forma mais covarde
De negar a verdade
De forçar de forma errada
A manifestação da vontade
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quinta-feira, 11 de julho de 2013
No Céu
Era uma mistura
De laranja e azul
Tão bonita
Que certamente esse pintor
Renascentista
Tropicalista
Humanista
Se inspirou nos traços
Que outrora rabiscou
No papel
Era de uma precisão tão grande
Que depois que morreu
Foi logo contratado por Deus
Para pincelar seus traços
Pelo céu
Marcelo Diniz
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De laranja e azul
Tão bonita
Que certamente esse pintor
Renascentista
Tropicalista
Humanista
Se inspirou nos traços
Que outrora rabiscou
No papel
Era de uma precisão tão grande
Que depois que morreu
Foi logo contratado por Deus
Para pincelar seus traços
Pelo céu
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terça-feira, 9 de julho de 2013
Brisa Fria
A janela ainda era a mesma
As árvores na rua
O gosto do café
O cheiro do pó na barba
O vão entre as construções
Onde o Sol terminava as tardes
As tardes de calma em agonia
As vezes o vento, da gelada brisa fria
A eterna busca
A necessidade da reinvenção
A velha cabeça maluca
Com a mesma cena, de toda a vida
E aos poucos o tempo nos engole
Feito um feroz furacão
De cada cena, cada cair de tarde
Cada imagem igual
Cada momento
De doce e fria ilusão...
Marcelo Diniz
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As árvores na rua
O gosto do café
O cheiro do pó na barba
O vão entre as construções
Onde o Sol terminava as tardes
As tardes de calma em agonia
As vezes o vento, da gelada brisa fria
A eterna busca
A necessidade da reinvenção
A velha cabeça maluca
Com a mesma cena, de toda a vida
E aos poucos o tempo nos engole
Feito um feroz furacão
De cada cena, cada cair de tarde
Cada imagem igual
Cada momento
De doce e fria ilusão...
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quinta-feira, 4 de julho de 2013
Luz Azul
E o céu esculpiu
Uma linda Fenix
Sobre nossas cabeças
Das peripécias do divino
Em espírito lúdico falava:
- Renasce menino!
E toda aquela força
Outrora escondida
Ou sugada
Voltava feito raio de luz
E num simples piscar de olhos
A cidade toda iluminava
Em certeza, és minha parte
Somos iguais em amor
Somos completos em verdade
Marcelo Diniz
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Uma linda Fenix
Sobre nossas cabeças
Das peripécias do divino
Em espírito lúdico falava:
- Renasce menino!
E toda aquela força
Outrora escondida
Ou sugada
Voltava feito raio de luz
E num simples piscar de olhos
A cidade toda iluminava
Em certeza, és minha parte
Somos iguais em amor
Somos completos em verdade
Marcelo Diniz
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Do Meu Lado
E até o céu em Saturno
Que me cerca de sonhos
De momentos lúdicos
Vibrava em alegria
Na plenitude daquele tempo
Quando viu que a face tua
Povoava o meu olhar
Desenhou o amor em nuvem
E não deixou o vento espalhar
Fez-se vivo em cada estrela
Cintilando um tempo nublado
Prestou tributo ao grande filho
Ao perceber que eu trouxe a LUA
Para admirá-lo, do meu lado
Marcelo Diniz
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Que me cerca de sonhos
De momentos lúdicos
Vibrava em alegria
Na plenitude daquele tempo
Quando viu que a face tua
Povoava o meu olhar
Desenhou o amor em nuvem
E não deixou o vento espalhar
Fez-se vivo em cada estrela
Cintilando um tempo nublado
Prestou tributo ao grande filho
Ao perceber que eu trouxe a LUA
Para admirá-lo, do meu lado
Marcelo Diniz
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quinta-feira, 27 de junho de 2013
Estrelas de Centauro
É uma felicidade tão grande te ver
Que fica até clichê
Falar que hoje você está linda
Pois são tantas horas vans
Que a expectativa de cada visão
Faz eu achar você
Sempre mais linda
Em cada nova manhã
Na dança do tempo
Sempre é cada momento
E o hoje é o ontem do amanhã!
Marcelo Diniz
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Que fica até clichê
Falar que hoje você está linda
Pois são tantas horas vans
Que a expectativa de cada visão
Faz eu achar você
Sempre mais linda
Em cada nova manhã
Na dança do tempo
Sempre é cada momento
E o hoje é o ontem do amanhã!
Marcelo Diniz
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quarta-feira, 26 de junho de 2013
Coração De Leão Num Dragão Alado
Na iminência soberana
De um felino sempre em apuros
Faz-se doce e sincero
Bruto músculo puro
De partes variantes
Duas tomam maior valor
Uma em certeza
Por espalhar o bem
No reino selva
Uma em dúvida
Por não absorver para si
Face alguma do amor
Marcelo Diniz
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De um felino sempre em apuros
Faz-se doce e sincero
Bruto músculo puro
De partes variantes
Duas tomam maior valor
Uma em certeza
Por espalhar o bem
No reino selva
Uma em dúvida
Por não absorver para si
Face alguma do amor
Marcelo Diniz
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terça-feira, 25 de junho de 2013
Semente
Sopra o vento aos normais
Com a força dos elementais
Sopra forte
Sopra intenso
Sopram iguais
Na calada da noite
No raiar do Sol
Sopra até o pequeno
Que não vingou
Escorreu do ventre
E em outra semente
Brotou girassol
Marcelo Diniz
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Com a força dos elementais
Sopra forte
Sopra intenso
Sopram iguais
Na calada da noite
No raiar do Sol
Sopra até o pequeno
Que não vingou
Escorreu do ventre
E em outra semente
Brotou girassol
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Uma Carta
Queria escrever só poemas de amor
Mas ai vem essa chuva
Limpando o céu
Mostrando o meu eu
Limpando todas as minhas pétalas
E deixando só o que sou
Reflete em gota
Cada hora pouca
Estranhamente...
Estranha mente louca!
Marcelo Diniz
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Mas ai vem essa chuva
Limpando o céu
Mostrando o meu eu
Limpando todas as minhas pétalas
E deixando só o que sou
Reflete em gota
Cada hora pouca
Estranhamente...
Estranha mente louca!
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Arco-Íris
No fundo é igual tempo nublado
O céu por trás ainda é azul
Mas aos olhos vem cinza
E cansado
Até que chove
Sai de dentro
Forma lindo arco-íris
Das lágrimas de outrora
E o espetáculo colorido
É só uma dor
Uma grande dor
Que ficou por dentro
Em algum de seus buracos
Escondido...
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O céu por trás ainda é azul
Mas aos olhos vem cinza
E cansado
Até que chove
Sai de dentro
Forma lindo arco-íris
Das lágrimas de outrora
E o espetáculo colorido
É só uma dor
Uma grande dor
Que ficou por dentro
Em algum de seus buracos
Escondido...
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Âmago
E cada gota que escorria no vidro
Escorria também na minha alma
Nunca me senti tão seguro
Nunca me notei tão perdido
Estranho esse tempo de abrigos
Poucas vezes percebem uma feição
Poucas vezes recebem um carinho
Ao menos os sinceros...
E esses que me saltam do âmago
Que brotam das vísceras, feito berro
É como rosa que não murcha
Mas cheia de água
É triste zinabre...
... torta rosa de ferro
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Escorria também na minha alma
Nunca me senti tão seguro
Nunca me notei tão perdido
Estranho esse tempo de abrigos
Poucas vezes percebem uma feição
Poucas vezes recebem um carinho
Ao menos os sinceros...
E esses que me saltam do âmago
Que brotam das vísceras, feito berro
É como rosa que não murcha
Mas cheia de água
É triste zinabre...
... torta rosa de ferro
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domingo, 9 de junho de 2013
Uma Luz No Fim Da Rua
E foi então que de repente
Uma luz virou a esquina
Na janela passou rente
E feito música em meu silêncio
Fez-se em pétala ao vento
Fez-se folha em meu carinho
Fez erguer lindo castelo
Cada pedra do meu caminho
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Uma luz virou a esquina
Na janela passou rente
E feito música em meu silêncio
Fez-se em pétala ao vento
Fez-se folha em meu carinho
Fez erguer lindo castelo
Cada pedra do meu caminho
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quarta-feira, 22 de maio de 2013
No meio do caminho tinha uma FLOR
Na tarde em que o céu chorou
No fraco Sol de outono
Sem café, sem cafuné
Enrolado num velho pedaço de pano
Dilacerando em poesia
Rasgando em versos
E juras de amor
Com a certeza que daqui pra frente
Sempre que no caminho
Forem pedras e mais pedras
Criarei-te em meu jardim
Atirando a primeira FLOR.
Marcelo Diniz
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No fraco Sol de outono
Sem café, sem cafuné
Enrolado num velho pedaço de pano
Dilacerando em poesia
Rasgando em versos
E juras de amor
Com a certeza que daqui pra frente
Sempre que no caminho
Forem pedras e mais pedras
Criarei-te em meu jardim
Atirando a primeira FLOR.
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segunda-feira, 20 de maio de 2013
Anjo Mulher
Teu sorriso é luz
Anjo Mulher
Feito acalanto sagrado
Por cada canto da alma
Transforma minha dor em calma
Permeia meu peito em fé
E o seu olhar de Lua inteira
Que me absorve e me espalha
Feito grão de areia
Me faz rasgar em poesia
E sangrar cada palavra
Lua linda, Lua cheia
Te coloco então em meu altar
Para ver teu sorriso me sorrir
Para ver teus olhos me olhar
Marcelo Diniz
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Anjo Mulher
Feito acalanto sagrado
Por cada canto da alma
Transforma minha dor em calma
Permeia meu peito em fé
E o seu olhar de Lua inteira
Que me absorve e me espalha
Feito grão de areia
Me faz rasgar em poesia
E sangrar cada palavra
Lua linda, Lua cheia
Te coloco então em meu altar
Para ver teu sorriso me sorrir
Para ver teus olhos me olhar
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terça-feira, 7 de maio de 2013
Trova de Fogo
Tentei fazer da saudade
Uma carta ao meu favor
Mas difícil ter regras num jogo
Para quem com a vida nunca jogou
Ela então foi traiçoeira
Bateu no meu ombro
Me jogou da ladeira
E eu cai...
Com a ponta do aço no peito
Me rasgando em sangue quente
Estampando n'outro lado
Um músculo deveras ausente
Trincado coração
E daí percebi que a saudade
É um bicho feroz
Que não pode ser tratado em vão
Marcelo Diniz
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Uma carta ao meu favor
Mas difícil ter regras num jogo
Para quem com a vida nunca jogou
Ela então foi traiçoeira
Bateu no meu ombro
Me jogou da ladeira
E eu cai...
Com a ponta do aço no peito
Me rasgando em sangue quente
Estampando n'outro lado
Um músculo deveras ausente
Trincado coração
E daí percebi que a saudade
É um bicho feroz
Que não pode ser tratado em vão
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segunda-feira, 6 de maio de 2013
Eu tô voltando pra casa pra dizer tchau.
Difícil o caminho quando escolhi o amor, tortuoso também ao
pensar em mudar as coisas, somando ambos vira quase utópico, mas o que mais
sustenta a criatividade além da utopia? Esse é o ofício do artista? Caminhar até
sangrar as solas, e ainda assim continuar até secar na certeza? Passear por
entre sonhos, muros e belezas? Caminho de raras levezas... mas que seja um caminho
honesto, se sobrarem apenas migalhas, que seja um caminho de restos.
Um lindo caminho, tranqüilo em paz, perdido entre o bem e o
mal, criando na vida raízes, chamando cada pequeno buraco de lar, e voltando em
cada casa pra dizer tchau.
Marcelo Diniz
quarta-feira, 1 de maio de 2013
A Hora H
E de tanto subir
A escada que desce
E tentar entrar
No coração que fecha
Pra tentar saber
A idéia que some
Entendi que era a hora
De voltar a ser fogo
Me queimar em brasa quente
Me espalhar fumaça ao vento
E as cinzas que sobrarem
Grudar em cada sola
Caminhar em cada estrada
Espalhar por toda a vida
Marcelo Diniz
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A escada que desce
E tentar entrar
No coração que fecha
Pra tentar saber
A idéia que some
Entendi que era a hora
De voltar a ser fogo
Me queimar em brasa quente
Me espalhar fumaça ao vento
E as cinzas que sobrarem
Grudar em cada sola
Caminhar em cada estrada
Espalhar por toda a vida
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segunda-feira, 29 de abril de 2013
Lua Linda, Lua Bela !
Linda feito o afeto
Que brota em cada linha
De traço firme
Da força certa que impera
Em sentido constante
Lua Bela
Bela feito rosa
De caule curvado
De pétala macia
De aroma viciante
De sentimento que não finda
Lua Linda
De vinho, de poesia, de virtude...
E que tenha luz
Para também embriagar-se dela...
E que tenha afeto,
Embriagado de Lua Linda,
Saciado de LUA Bela.
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Que brota em cada linha
De traço firme
Da força certa que impera
Em sentido constante
Lua Bela
Bela feito rosa
De caule curvado
De pétala macia
De aroma viciante
De sentimento que não finda
Lua Linda
De vinho, de poesia, de virtude...
E que tenha luz
Para também embriagar-se dela...
E que tenha afeto,
Embriagado de Lua Linda,
Saciado de LUA Bela.
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domingo, 21 de abril de 2013
Um café, um afeto
Quando faltam forças
E sobram momentos
De alguns demorados
Outros com menos tempo
Da pureza da vida
E o céu de estrelas artificiais
Brilha a luz, um cometa
Meteoro dos planetas
Brilham iguais
Na constelação de humanos
Olhos da vaidade
Todos por um
Humanidade...
"O amor puro não tem nada a ver com o apego, não transforme seu cometa de luz numa triste e fria pedra de gelo"
Marcelo Diniz
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E sobram momentos
De alguns demorados
Outros com menos tempo
Da pureza da vida
E o céu de estrelas artificiais
Brilha a luz, um cometa
Meteoro dos planetas
Brilham iguais
Na constelação de humanos
Olhos da vaidade
Todos por um
Humanidade...
"O amor puro não tem nada a ver com o apego, não transforme seu cometa de luz numa triste e fria pedra de gelo"
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domingo, 14 de abril de 2013
A Menina Dos Olhos De Estrela
Certa vez olhando para o céu
Da minha nuvem de incertezas
Um riso me tirou a atenção
Riso sincero, de rara clareza
E então ela me fitou
Com olhos brilhantes, feito estrelas
Cadente, constante
Doce menina dos olhos de estrela
De sorriso largo
Do afago honesto
Do abraço apertado
De energia vil
Menina da estrela brilhante
Que ilumina o caminho
E ilumina o meu céu
Que passa longe feito raio de luz
Que passa doce feito favo de mel
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Da minha nuvem de incertezas
Um riso me tirou a atenção
Riso sincero, de rara clareza
E então ela me fitou
Com olhos brilhantes, feito estrelas
Cadente, constante
Doce menina dos olhos de estrela
De sorriso largo
Do afago honesto
Do abraço apertado
De energia vil
Menina da estrela brilhante
Que ilumina o caminho
E ilumina o meu céu
Que passa longe feito raio de luz
Que passa doce feito favo de mel
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sábado, 13 de abril de 2013
Toda amor, todo poesia
Abstrato feito o cheiro
Já fui rosa, dos desejos
De galho em galho
Morcego na noite
Já me perdi em alguns sonhos
E até me achei n'outros beijos
De todo amor, em pétala nova
Límpida, lisa e garbosa
Feito felino em carinho
De Lua charmosa
Escapei por algum vão
Passei por entre as grades
Espalhei por todo vento
Escorri por toda via
Vi afeto em rosa seca
Vi que eu era amor
Vi que ela era poesia...
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Já fui rosa, dos desejos
De galho em galho
Morcego na noite
Já me perdi em alguns sonhos
E até me achei n'outros beijos
De todo amor, em pétala nova
Límpida, lisa e garbosa
Feito felino em carinho
De Lua charmosa
Escapei por algum vão
Passei por entre as grades
Espalhei por todo vento
Escorri por toda via
Vi afeto em rosa seca
Vi que eu era amor
Vi que ela era poesia...
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quinta-feira, 4 de abril de 2013
Dissertação do Manifesto Utópico
Confesso que tentei
Por várias vezes
De várias formas
Mas já não tenho humanismo
Nesse corpo, não
O ser humano espalhou no ar
Feito grão, algodão
Me deixou só arte
Sou um espasmo de inspiração
Sou um fluxo de sentimentos
As vezes serei um momento bom
E as vezes não...
Já não busco criar vínculos
Nem busco o elo que me complete
Sou feito vento
Sem risco calculado
A partir do sempre
Meu risco será o FATO
Minha alegria é cadente
E minha tristeza vulcânica
Nos gritos de agonia
De refluxos passados
Me crio então em utopia
Vou me apegar no desapego
Um máquina, incansável
Criar em grande escala
Cada gota de suor que me brotava
Na testa, na palma...
No desespero do volante
Vou nascer em obra
Transformar o choro em riso
O certo em risco
A alegria em dor
O ódio em amor
Brotar feito erva...
...e que fumem as daninhas...
Com tanto tempo germinando as idéias
Deve ter alguma que sirva
Deve ter alguém que sinta
Mas se não deve... eu devo
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Por várias vezes
De várias formas
Mas já não tenho humanismo
Nesse corpo, não
O ser humano espalhou no ar
Feito grão, algodão
Me deixou só arte
Sou um espasmo de inspiração
Sou um fluxo de sentimentos
As vezes serei um momento bom
E as vezes não...
Já não busco criar vínculos
Nem busco o elo que me complete
Sou feito vento
Sem risco calculado
A partir do sempre
Meu risco será o FATO
Minha alegria é cadente
E minha tristeza vulcânica
Nos gritos de agonia
De refluxos passados
Me crio então em utopia
Vou me apegar no desapego
Um máquina, incansável
Criar em grande escala
Cada gota de suor que me brotava
Na testa, na palma...
No desespero do volante
Vou nascer em obra
Transformar o choro em riso
O certo em risco
A alegria em dor
O ódio em amor
Brotar feito erva...
...e que fumem as daninhas...
Com tanto tempo germinando as idéias
Deve ter alguma que sirva
Deve ter alguém que sinta
Mas se não deve... eu devo
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segunda-feira, 1 de abril de 2013
Triste-Mente-Doce
Percebi então
Que não era insônia
Me manter acordado
Era a única forma
De não fechar os olhos
E ter a sua face
Estampada, no centro
Da minha mente
Insana mente
Dolorosa mente
Estranha mente
Totalmente perdida
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Que não era insônia
Me manter acordado
Era a única forma
De não fechar os olhos
E ter a sua face
Estampada, no centro
Da minha mente
Insana mente
Dolorosa mente
Estranha mente
Totalmente perdida
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domingo, 31 de março de 2013
Outros tantos
Feito felino, prisioneiro
Por entre as grades, a fuga
De cada vontade bruta
Algumas brotavam em rugas
E então perguntava
Sobre o tanto de risco
Sobre não ter medo de morrer
Nem percebia que
Morrer todo mundo vai
O que importa é o motivo
Quando, por quem, pra quê?
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Por entre as grades, a fuga
De cada vontade bruta
Algumas brotavam em rugas
E então perguntava
Sobre o tanto de risco
Sobre não ter medo de morrer
Nem percebia que
Morrer todo mundo vai
O que importa é o motivo
Quando, por quem, pra quê?
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Paz(coa) e AMOR !
E não é sobre o que você acredita, mas é essa
história que temos ouvido, sobre o mocinho que morre no final, e é um
cotidiano comum... não é para onde você vai depois que morre, é sobre um
caminho, no que você aposta a sua vida, não é o medo de morrer mas o
sentido de viver, na busca e no encontro desses nossos tantos "por quê?"
"para quê?" ... dois mil anos atrás, e hoje somos sete bilhões de
iguais, procurando nosso caminho interior, onde o morrer é só questão de
tempo, mas o viver, isso é questão de AMOR.
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quinta-feira, 14 de março de 2013
Clichê
Eram sentimentos elétricos
Com faiscas ofuscantes
Do torto ao direito
Um espaço aberto
Brilhavam seus olhos de diamante
E eu cai
Perdido nas idéias
Vagando sem porquê
Rabiscando em folha qualquer
Outra rima clichê!
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Com faiscas ofuscantes
Do torto ao direito
Um espaço aberto
Brilhavam seus olhos de diamante
E eu cai
Perdido nas idéias
Vagando sem porquê
Rabiscando em folha qualquer
Outra rima clichê!
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quarta-feira, 13 de março de 2013
Sina
De cada sina
Ou sinal de fumaça
Por cada esquina
Ou na nuvem que passa
A fé
Que remove montanhas
É a mesma que te faz cair
De pé
Que te faz cair
Em desespero
Que te faz perder
O mundo inteiro
E voltar a subir sozinho
Na fé que remove os males
No café que transborda carinho.
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Ou sinal de fumaça
Por cada esquina
Ou na nuvem que passa
A fé
Que remove montanhas
É a mesma que te faz cair
De pé
Que te faz cair
Em desespero
Que te faz perder
O mundo inteiro
E voltar a subir sozinho
Na fé que remove os males
No café que transborda carinho.
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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Berço esplêndido
De sonhos vivem lúcidos
Em tijolos rumos sólidos
De paixões sem rumo lógico
Com tremor de gosto flácido
E entre os sonhos e muros
Novamente me perdi
Te achei
Sangrei
Deitei, sorri, morri...
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Em tijolos rumos sólidos
De paixões sem rumo lógico
Com tremor de gosto flácido
E entre os sonhos e muros
Novamente me perdi
Te achei
Sangrei
Deitei, sorri, morri...
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Platonicamente
Sempre quis escapar do vício
De qualquer possibilidade
Dessas entorpecentes
Que altera a conciência
Que domina a nossa mente
E logo eu, que sempre me policiei
Percebi que só era sincero ao escrever
Quando de tempos em tempos
Olhava dentro dos seus olhos
Descobri que era um viciado
...platonicamente viciado em você...
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De qualquer possibilidade
Dessas entorpecentes
Que altera a conciência
Que domina a nossa mente
E logo eu, que sempre me policiei
Percebi que só era sincero ao escrever
Quando de tempos em tempos
Olhava dentro dos seus olhos
Descobri que era um viciado
...platonicamente viciado em você...
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sábado, 16 de fevereiro de 2013
O menino dos olhos tristes
O menino dos olhos tristes
Desde a época em que só ficavam fechados
Sentia o cheiro dos caminhos
Dos tortos e sozinhos
Sabia que a vida dali pra frente
Seria eternamente de fato em fato
O menino dos olhos tristes
Que afastou-se com o tempo
Em dias de chuva fria
Ou de lua serena
De cada lembrança pequena
Em outra faísca de momento
O menino dos olhos tristes
Que um dia apertou o meu dedo
Que um dia apertou minha alma
E feito espelho nos olhos
Em reflexo
Apertou os meus segredos... apertou a minha calma...
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Desde a época em que só ficavam fechados
Sentia o cheiro dos caminhos
Dos tortos e sozinhos
Sabia que a vida dali pra frente
Seria eternamente de fato em fato
O menino dos olhos tristes
Que afastou-se com o tempo
Em dias de chuva fria
Ou de lua serena
De cada lembrança pequena
Em outra faísca de momento
O menino dos olhos tristes
Que um dia apertou o meu dedo
Que um dia apertou minha alma
E feito espelho nos olhos
Em reflexo
Apertou os meus segredos... apertou a minha calma...
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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
O que você fez?
Nasce o dia
O que deveria fazer?
O que farei?
O que jamais faria?
Passa o momento
Acaba o Sol
E lá se vai...
...mas quem não iria?
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O que deveria fazer?
O que farei?
O que jamais faria?
Passa o momento
Acaba o Sol
E lá se vai...
...mas quem não iria?
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terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Retrô
Daqui pra trás
Nada será como foi
Nada que foi será mais
Das mentiras ou verdades
Que ninguém nunca ouviu
Faz-se em outro fato
Que nunca existiu
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Nada será como foi
Nada que foi será mais
Das mentiras ou verdades
Que ninguém nunca ouviu
Faz-se em outro fato
Que nunca existiu
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sábado, 5 de janeiro de 2013
A quadrilha internética
João postou uma indireta no facebook
para Teresa que descontou
em Raimundo que compartilhou
com Maria que achou que a indireta era
para Joaquim que bloqueou Lili
que não tinha facebook
...mas usava um perfil falso
para saber da vida alheia!
- E Drummond ficou sem cabo de rede.
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para Teresa que descontou
em Raimundo que compartilhou
com Maria que achou que a indireta era
para Joaquim que bloqueou Lili
que não tinha facebook
...mas usava um perfil falso
para saber da vida alheia!
- E Drummond ficou sem cabo de rede.
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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Surrealismo
O que eu falo
É problema meu
O que você entende
É problema seu
E vice-versa
...tal qual alegria compartilhada
que vira desgraça pros outros
mas ai... já nem me interessa
... de Salvador...Dali...
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É problema meu
O que você entende
É problema seu
E vice-versa
...tal qual alegria compartilhada
que vira desgraça pros outros
mas ai... já nem me interessa
... de Salvador...Dali...
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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Vira mundo
E lá no fundo azul
De algum olhar cansado
Dorme feito pedra
O pequeno desejo
Fosse criança de rua
Solto ao relento
Até que alguém
Acenda o Sol...
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De algum olhar cansado
Dorme feito pedra
O pequeno desejo
Fosse criança de rua
Solto ao relento
Até que alguém
Acenda o Sol...
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terça-feira, 1 de janeiro de 2013
A rua da poesia !
Um poeta
Quando sangra
É muito mais sincero
Efetivo no afeto
De caminhos tortos
Sem rumo certo
Um poeta da vida
Sabe que viver
É pura arte
Sabe que despedaça
E sangra vida
Em toda parte
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Quando sangra
É muito mais sincero
Efetivo no afeto
De caminhos tortos
Sem rumo certo
Um poeta da vida
Sabe que viver
É pura arte
Sabe que despedaça
E sangra vida
Em toda parte
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