terça-feira, 16 de julho de 2013

Ruas de Fogo

Foi então que eu acordei
Deveras sonolento
Desse sonho em tormento
Eram ruas de fogo
Fumaça no céu
E a imagem da face nua
Estampando no meu centro
Silhueta sua
Fazia-me derreter feito água
Borbulhava em minhas chamas
E desfazia pelo ar
Feito cheiro de eucalipto
Grudava feito mel
Depois em chuva negra
Escorria feito lama
...virava para os lados
Eram três da matina
E eu sentado na cama...
Ardia em suor
Ainda derretia em minhas chamas
Mas do vão escuro da janela
Ouvia o grito do silêncio
Da sua voz, ausente... presente
- Onde estás? Onde estás que não me chamas?


Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net

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