segunda-feira, 12 de abril de 2010

Buracos

" Agora acabou, coração partido ao meio
Quebrado, caido para o lado, sem sonhos
Só me resta puxar o gatilho e me libertar
Um tiro de misericórida bem no meio da cabeça
E pronto, acabei de livrar o mundo de uma praga
Um doença incurável, uma fera indomável
Apenas mais um numero, talvez um zero a esquerda
Outra alma perdida em meio a tantas penadas
Uma lama escorrida, um pedaço do nada
Anjos tortos que não sabem voar, e pulam
De cima da montanha, esperando a salvação
Esperando uma corda, esperando uma mão
Pedaço de um papel rabiscado, que ninguem mais lia
Sangrando depois de morto, e ainda assim doia
São feridas que não cicatrizam, feridas frias
Buracos profundos, cheio de carne podre
Que sempre engoli e nunca consegui jogar pra fora
Buracos na alma, se é que a alma fura
Buracos de covardia, buracos de bravura
Palavras de um poeta choradas sob a luz da Lua
Buracos imundos que não parecem ter fim
Buraco de uma lápide que parece feita pra mim
Buracos no céu, mas a essa altura tanto faz
Buraco de um tiro............ * .............!!!
Aqui jaz... "


Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net

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