sexta-feira, 30 de abril de 2010

Ventos Da Razão

" Com o martelo da razão vamos quebrar todos os muros
Mesmo aqueles que nos protegem, que dão abrigo
Muros que se criam pela mão de um carrasco
Que se firmam no peito de um amigo

E a chama do medo queima cada vez mais forte
São ventos do Sul contra as chamas do Norte, da morte
Ventos fortes, temporal, contra chamas de uma verdade, sem moral
Já falta essência, coerência, entrando em fase de falência

E protegida pelo muro jamais vai se apagar
Não há vento que passe e nem dor que supere
Um muro alto com base firme, intransponivel
Sem rachaduras, sem aberturas... criado de dor

E lá dentro tranco e alimento o medo
Fazendo virar parte da essencia, parte fundamental
E já não sei se vale a pena soltar isso,
tem mais de mim do que eu queria
Eu criei um monstro,
que se alimenta de mim e cresce muito rápido...

Não sei quanto tempo consigo segurar ele aqui dentro
Não sei que estragos ele pode fazer ai fora... "

- parte integrante da minha antologia chamada "Sobre Os Muros"


Marcelo Diniz
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quarta-feira, 28 de abril de 2010

As estrelas e a luz do olhar !

" Onde o mais longínquo raio de luz possa brilhar

Ainda que os olhos não sejam capazes de enxergar

Corro sempre para a janela, procurando pela luz

A luz do infinito, que não se cansa de chamar

Raios de sol misturados com o brilho da lua

Ondas de amor que se completam, energia vital

Com a simples pureza de um olhar...

Onde estão eles? simples atores

Dessa minha tragi - comédia romântica "


Marcelo Diniz

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terça-feira, 27 de abril de 2010

No infinito !

" Aqui em terra firme,
As sombras de um poeta torto
Lá na imensidão, a chama sempre radiante
De brilho infinito

E assim vou levando, caindo e levantando
Rindo e as vezes chorando
Tendo sempre presente,
Sempre por perto... cativante luz

Sejam noites de breu total ou tardes frias de um outono
E mesmo nos dias cinzas de fortes temporais,
Sempre ela... sempre brilhando! "


Marcelo Diniz
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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Um grito e um silencio!

É o grito no silêncio
Que só ecoa em meus ouvidos
De uma inspiração constante
Pela qual sempre sou movido

É o que me joga, me faz pular
Sem importar-me com a altura
Até naufragar nas incertezas
Do tortuoso mar das internuras

Invento palavras assim como caminhos
Me guio por onde quero
Já fiz nascer várias vezes o mesmo filho
E sempre antes de me reinventar eu espero

Espero a hora em que voce passa
E eu só observo de longe, da janela
Um sorriso, um olhar, uma lua
A lembrança por vezes tambem flagela

E até que eu consiga inventar de fato voce
Continuarei me reinventando
Quanto ao receio de falar, pode falar baixinho
Estou sempre por aqui, sempre escutando !


- Na idade média, Portugal teve um rei poeta e trovador, por acaso Dom Dinis, de acordo com a árvore genealógica o primeiro Dinis da história ( variações do nome transformaram em Diniz e Deniz de acordo com cada região ), abaixo segue um trecho da Cantiga de Amor, achei que tinha muita relação com essa postagem .


"Cantiga de amor" - Dom Dinis

Você me proibiu, nobre senhora
de que lhe dissesse qualquer coisa
sobre o quanto sofro por sua causa
Mas então me diga,
por Deus, nobre senhora, a quem falarei
o quanto sofro e já sofri por você
senão a você mesma?


Marcelo Diniz
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domingo, 25 de abril de 2010

Um dia, um ano, um tempo !

Um dia na vida passa
Mesmo se for de furia
Mesmo se for de graça
Mesmo se for só um simples dia
Passa ...

Sem começo, sem meio
No fim sempre passa
Simples ... assim !

E nao importa o tempo que voce tente
Manter aquele momento mágico eterno
Porque num piscar de olhos o agora já foi
O ponteiro roda, a folha cai, o espelho quebra
E até o presente escrito nesse momento
Agora já é passado.

Sou um redator do tempo futuro
Escrevo o que ainda nao me aconteceu
Porque sei que sou um loop dos erros
Que sempre volto a cometer

Já morri e voltei certas vezes
Para corrigir meus próprios erros
Já vi várias vezes o fim do mundo
E no dia seguinte o Sol sempre voltava !

Sou um redator do tempo futuro
Um analista do meu sistema
Um virus mortal
A vacina da cura

Já sei onde estão todos os buracos
Os que completam o meu ciclo

E me preparo para cair em cada um deles
Por mais que pareça loucura
É o meu caminho !


Marcelo Diniz
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sábado, 24 de abril de 2010

O Anjo E O Poeta

Não há poeta que brilhe sem a luz de um anjo

E não há anjo que se aguente sem as emoções de um poeta

Não há vida que passe pelo buraco da fechadura

E não há dor que não se cure com um abraço apertado

E não há trem que pare na estação errada

Porque metade de mim brilha, ainda brilha

E a outra metade é a mais densa escuridão

Não há poeta que não sofra como a dor de um anjo caido

E não há anjo que não cai nas incertezas de um poeta

Não há buraco que não tenha fim, nem os buracos da alma

Não há alma florida num corpo sem jardim

Em nada a verdade é absoluta e nem a impureza é tão bruta

Porque metade de mim está a beira de um precipício

E a outra metade pula para tentar voar


Não há poeta que não se perca em meio as própras idéias

E não há anjo que não pense que as nuvens são de algodão

Não existe amor de general nem tampouco soldado passional

Não existem heróis que não sejam covardes, não existem heróis

E nem existe fantasia ou anarquia em meio a tanta burocracia

Porque metade de mim ainda sonha em chegar na Terra do Nunca

E a outra metade nunca vai entender isso.


Não há anjo que não sonhe em ter uma alma mortal

E não há poeta que não sonhe em se tornar imortal

Não há rosa que seja bela para todo o sempre

E não há vida que perdure como o poeta sonhou

A vida quando acaba cabe em qualquer lugar

Porque metade de mim ainda tenta correr atrás da sombra

E a outra metade já faz parte dela...


- Inspirado na excelente obra de Oswaldo Montenegro - METADE ...

Marcelo Diniz

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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Pelo chão!

" Mas o corpo sempre aguenta
O que fraqueja é a cabeça

Por mais forte que pareça
Por mais longe que esteja

Altere seu psicológico e pronto
Esteja preparado para pegar os cacos

Peguei meus cacos e montei
Mas, o que faço com os pedaços
Os que sobraram pelo chão?

Tem os que colecionam quadros
Outros colecionam selos
Outros colecionam discos

Eu coleciono cacos ... "


Marcelo Diniz
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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Instrospecção

Por esse pão
Por essa mão
Por um não querer em vão
A ultima ficha, ligação
O telefone toca, ninguem atende
O coração bate, aflição
Mais uma noite em claro, silêncio profundo
Um chá de ervas, chimarrão
Lembranças de um futuro
Tempestade de idéias, furacão
A imagem na cabeça, caminhando
Com uma rosa na mão, coração
Dificil ficar do outro lado do espelho
Só reflito em pensamento, reflexão
Um abismo me separa, hora do salto
Mergulho no céu em busca do eu, ação
Me jogo no espaço, me perco no tempo
Vou caindo sem volta , contradição
Caindo nas idéias
Vagando no meu tempo
Perdido no meu espaço
Instrospecção


Marcelo Diniz
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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Folhas de Outono !

" E outra vez era isso que me livrava de todo o mal
De toda a angustia, todo sentimento ruim
De uma série de idéias insanas
E até das vontades mais profanas

Me puxava de volta para o meu chão
Onde eu podia pisar sem cair
Lugar que eu podia doer, sem sentir
E que pra viver, eu tinha que tentar existir

E antes o que era “ nenhum lugar “
Acabou virando o meu mais seguro abrigo
O que já foi lugar nenhum, agora valia mais
Quase tanto quanto um forte abraço amigo

E devo isso a você, que me mostrou
Pelo simples fato de poder olhar nos seus olhos
E ver um brilho tenro, eterno, te conhecer por dentro
E ter a certeza de que ali ainda habita uma alma... "


- O termo Amor platonico foi pela primeira vez utilizado no século XV, como um sinônimo de amor socrático. Ambas as expressões significam um amor centrado na beleza do caráter e na inteligência de uma pessoa.


Olhos nos olhos
Coração apertado
Uma visão, um sorriso
Acelerado
Não voe, não suma
Não tenho pressa
Não tenho culpa
Não é um jogo
Nada está empatado !


Marcelo Diniz
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terça-feira, 20 de abril de 2010

Esse é o fim !

E esse é o fim, de tudo que se passou até aqui

Trazendo comigo marcas no rosto

Trazendo comigo os estragos da noite, das madrugadas

Feridas dos pedaços do muro que eu tentei quebrar

Feridas de um tempo passado, que insiste em voltar

E correndo pelo corredor escolho a próxima porta

Porta que será aberta, uma esperança ou uma desgraça a espreita

E sempre andando perdido, rumo ao horizonte

Sabendo que o hoje sempre será o amanhã do ontem

Perdido no tempo, perdido no espaço, mas caminhando

E assim sigo pela jornada, fazendo mais uma reta, mais um traço

Passando do rascunho até a arte final, seja com o bem ou com o mal

O que importa é seguir sempre em frente, construindo um caminho...

Seja ele igual, ou seja ele diferente...


Sem me importar com o começo

Sem me importar com o meio

Esse é o fim...


Marcelo Diniz

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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Aéreo !

" Vou acabar com a lucidez,

quem sabe dessa vez eu não volte mais

E não tenha que enfrentar o anjo negro novamente

Quem sabe a janela da vida não se abra,

e me leve

Me leve para voar em volta da lua,

para sempre..."


Marcelo Diniz

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domingo, 18 de abril de 2010

Abstrato

" Um pulo, salto no escuro
Trêmulo labio, tempo curto
Que seja, se tiver por onde
Que tenha, se fizer na fonte
Queda livre
Rumo ao centro
Buracos, muros, farpas
Queda rápida... mutação
Já não sou mais eu
Sinto particulas espalhando
Misturando com tudo ao redor
Agora sou ar
Abstrato
Mais abstrato ainda
Absorva
Precise
Sinta
Me respire "


Marcelo Diniz
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sábado, 17 de abril de 2010

Platônico

" A luz nos olhos
Ponteiros de um relogio
Tic tac incansável
Horas e horas, algumas a fio
Por duvidas, uma quase pura certeza
Um pedaço de mim
Raio de luz
Bate, acelera, explode, transborda
Um trem, até a ultima parada
Sentimento platônico
De um até então ... nada
Não é um jogo, nao tem empate
Um pedaço de mim
Raio de luz
Ainda bate

Será o poeta um fingidor?
Será que bate sem doer?
Será que dói de desamor?

Ou será que ama, sem saber ?

Entre a esperança e a razão
Com auto-controle de monge tibetano
Escrevendo ao bel prazer
Sem métricas, sem rimas

Com muito "EU"
Com muito "VOCE"

Sentimento platônico
Puro, com virtudes

Parafraseando Pessoa
O poeta é um incondicional
Mensageiro dos desejos
Tanto platonico quanto real

Obrigado poeta ... obrigado " Pessoa "


Marcelo Diniz
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sexta-feira, 16 de abril de 2010

A paz!

" A paz
Mas qual delas ?
A paz de espirito ?
A paz eterna ?
A paz aos homens de boa vontade?

A paz interna
Que faz parar de doer
Parar de arder
Parar de sentir
E no fim, já em paz
Parar de ser !
Por puro e simples capricho
De um estar, errado ! "


Marcelo Diniz
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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Os ventos

" Em ventos distantes
Por horas uivantes
Inconstantes
Pensamentos tortos
Revivendo os mortos
Tal qual a Vênus
De pura energia
Cativante
Inconstante
Por horas uivantes
Em ventos distantes ... "


Marcelo Diniz
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quarta-feira, 14 de abril de 2010

No meio do telhado

" As pedras no telhado
O telhado no caminho
O caminho das pedras

Pedaços e cacos
De uma ansiedade constante
Em tortuosa reta, e distante

No meio do telhado tinha uma pedra
Que ja foi dificuldade em meu caminho

No meio do caminho tinha um telhado
Com teto de vidro, teto assustado

No meio da pedra, e despedaçado
Gélido e a pulsar
Já pulsa sem um caminho
E sem telhado para quebrar "


Marcelo Diniz
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terça-feira, 13 de abril de 2010

Santa inocência

" Afinal se a sombra está ali
É porque tambem faz parte de nós
Repousando de uma inquieta
E turbulenta radiação solar

E a radiação solar por sua vez
Tambem faz parte da natureza
Em camadas atmosfericas
Enfraquecidas pelo tempo

E o tempo, esse é implacável
Pode ser nosso melhor aliado
E tambem nosso pior inimigo
Em estado de espirito alterado

O que separa a porta da sua percepção?
A mão, a maçaneta, a intensidade

Os problemas sempre se repetem, sempre iguais
Mas cada vez que aparecem, nos pegam de surpresa

Santa inocência! "


Marcelo Diniz
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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Buracos

" Agora acabou, coração partido ao meio
Quebrado, caido para o lado, sem sonhos
Só me resta puxar o gatilho e me libertar
Um tiro de misericórida bem no meio da cabeça
E pronto, acabei de livrar o mundo de uma praga
Um doença incurável, uma fera indomável
Apenas mais um numero, talvez um zero a esquerda
Outra alma perdida em meio a tantas penadas
Uma lama escorrida, um pedaço do nada
Anjos tortos que não sabem voar, e pulam
De cima da montanha, esperando a salvação
Esperando uma corda, esperando uma mão
Pedaço de um papel rabiscado, que ninguem mais lia
Sangrando depois de morto, e ainda assim doia
São feridas que não cicatrizam, feridas frias
Buracos profundos, cheio de carne podre
Que sempre engoli e nunca consegui jogar pra fora
Buracos na alma, se é que a alma fura
Buracos de covardia, buracos de bravura
Palavras de um poeta choradas sob a luz da Lua
Buracos imundos que não parecem ter fim
Buraco de uma lápide que parece feita pra mim
Buracos no céu, mas a essa altura tanto faz
Buraco de um tiro............ * .............!!!
Aqui jaz... "


Marcelo Diniz
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domingo, 11 de abril de 2010

As estrelas e o tempo...

" E a estrela
Que hoje brilha ali
Já está apagada
Estranha essa relação do tempo
Um presente que já é passado
Avistado num ponto futuro
E pensar que olhei pro céu
Para tentar colocar as idéias em ordem
Mas cai no truque, cai em contradição
Perdi o foco
E ao fechar o olho, tentando desembaralhar
Me perdi novamente
No labirinto do teu sorriso
No paraiso do teu olhar ! "


Marcelo Diniz
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sábado, 10 de abril de 2010

Eterna busca

" E agora o que me resta ? sentar e esperar ?

Aguardando o fim, acabar antes da hora ?

Não, eu sou mais, eu preciso de mais

E ainda passo os dias em busca

De uma deveras tardia paz "


Marcelo Diniz

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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Aceite

" Aceite o caos
Que aflora
Em mim

Aceite o medo
Que desponta
Nas minhas esquinas

Aceite a dor
Que escorre
Pelos dedos

Acerte o passo
E mate...
Mate essa vontade que me dá! "


Marcelo Diniz
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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Em branco

" Branco nas idéias, vazio
Raspas de inspiração
Aos poucos, mas bem pouco
Nada pra falar
Com vontade de dizer
Outra hora tento concluir

Se ao menos pudesse gritar
Com alguem para ouvir

Estamos surdos, no meio da cegueira
Até que as pernas aguente
Chutando o pau da barraca

Sempre para o alto, sempre para frente "


Marcelo Diniz
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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Pseudo Soneto

" Oriundo
Onipresente
Outrora profundo
Por vezes ausente

De um canto grego
Nos cantos da alma
Transborda, orvalho
Na mata vivente

Tal qual um soneto
Deveras rimado
Quisá ritmado

Provérbio Shakespeareano
Pseudo poeta
Frágil desengano "


Marcelo Diniz
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terça-feira, 6 de abril de 2010

Sangrando

" Um frio na alma
Coração quente
Sangra fogo
Batendo forte
Transborda
Erupção
Coração vulcão
Sem fim
Por sempre
Assim "


Marcelo Diniz
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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Vibrações !

" Como uma rumba-rock
No melhor estilo Carlos Santana
Daquelas que vão nos levando
Ritmo hipnótico, ritmico
E a qualquer momento "..."
Uma quebra de tempo
Bateria em desacordo melodico
Total harmonia desconexa
E a fúria subindo
Na distorcida e certeira guitarra
Frases cantadas, muita mais nitida que palavras
A genialidade
A junção
Fundindo
A raiva e o ritmo
O bem e o mal
O sol e a lua
O céu e o mar

Benditos sejam os seres
Capazes de passar emoções com a vibração sonora
Bendita seja a musica
Capaz de nos tirar do mais fundo abismo

Benditos sejamos, seres viventes! "


Marcelo Diniz
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domingo, 4 de abril de 2010

Renascimentos

" Páscoa , renascimento
Leonardo Da Vinci, renascimento
Michael Praetorius, renascimento
Michelangelo, renascimento
Epopéia de Pantagruel, renascimento
Reencarnação, renascimento
Os Lusíadas, renascimento
Pós coma, renascimento

A luz do olhar, renascimento ! "


Marcelo Diniz
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sábado, 3 de abril de 2010

No corpo, na alma, na vida...

" Eram marcas internas, marcas de perdição

Cicatrizes profundas por dentro do peito

Marcas de uma fera enlouquecida

Marcas de amor, marcas da vida "


- Semana muito inspirada, cheia de pessoas especiais e fatos muito importantes, energia redobrada !

Marcelo Diniz

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sexta-feira, 2 de abril de 2010

Hoje, ontem .., sempre

" As horas, ponteiros atrasados
Garoa leva numa sexta de outono
Outro abrigo, outro afago
Ruas desertas, pessoas sem rumos
As horas passam e agora o ponteiro para

Sempre ao acaso, mesmo calculado
Em caçada de olhares
Mas tenho certeza, mais do que pressa
Pode ser na próxima esquina
Ruas sem rumo, pessoas desertas
E seus olhos, brilho da lua, ao meu favor

Onde estavam meus olhos?
Lembro de voce, de outros séculos
Hoje, ontem, ano que vem
Outros tempos, relogio sem ponteiro
Sem atrasar nem adiantar, te espero aqui! "


Marcelo Diniz
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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Ao som da Lua

" Enquanto Chopin dedilhava
Num extase profundo, flor da pele
Intenso desejo, ardia
Longe, em nuvens, mergulhado em sonhos
Até dedilhar a ultima lágrima

Até mais, ou nunca, até
No embaralho das idéias
Interminável certeza
E a cabeça lá, vagando...
Lua, olhar, sorrisos

Noite em claro
Aos cantos, ao centro
Indo, voltando, parando, ...pirando
Linda melodia, das que ficam na cabeça
E Chopin ao meu lado, esperando o sol nascer "


Marcelo Diniz
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