quarta-feira, 8 de julho de 2015

Até quando o amor aguenta...

Café, poesia e duas doses de ironia


Até quando o amor aguenta...


Trabalhou exercendo sua função com louvor,  cansado no final da noite ao berço esplêndido do seu lar regressou... mas uma peripécia do destino não permitiu, e ele nunca mais chegou...  não vou falar sobre o caso em questão (as manchetes fazem por mim essa função), mas isso tudo ficou latejando na minha cachola, e acho que só consegui entender o motivo disso agora.

Pensando que a função de músico também é uma vertente do meu caminho, e que pelo menos um terço do meu ano eu também estou transitando pelas estradas nas madrugadas da vida foi inevitável acender um sinal de alerta, assim como foi inevitável perceber o quanto a vida é frágil, que o mundo passa ao lado e que nem sempre as circunstâncias dependem exclusivamente das nossas ações, temos o imprevisto cotidiano agindo ao bel prazer.

E o quanto é assustador e impressionante essa nossa certeza do incerto, nunca pensamos no imprevisto, seguimos em frente rumo ao nada infinito, vivendo e fazendo sem saber se vamos chegar ao fim do século, ao fim da década, ao fim do ano, ao fim do mês, ao final da hora, ao final do parágrafo... vivemos por uma incrível manifestação da vontade... que vivamos então de verdade.

ps: e que fique aqui também registrado um MUITO OBRIGADO para todas essas forças divinas, do universo, da fé, que tem permitido que eu saia e volte sempre ileso... mesmo se for ao final de um parágrafo que tenha ficado pouco coeso.

Ao infinito e além, AMÉM !!!


Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net

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