Café, poesia e duas doses de ironia
A diferença é o que
temos em comum
Por algum tempo causou-me certa estranheza perceber que
encontrar um ponto em comum não era como um jogo de cartas espalhadas pela
mesa, muitas vezes a lógica era fora de lógica, feito o braço do carrasco que
servia de ombro amigo, em muitas vezes a lógica era totalmente fora de sentido.
Tem gente que nasce para ser rocha, consistente, sólida,
segura mas deveras imóvel, e tem gente que nasce para ser rio, de certa
imobilidade aos olhos desatentos mas de constante mutação, de comum o fato de
nascer gente, de igualdade o fato de que cada um é diferente.
Achei que eu fosse um desses adeptos da rotina, da segurança
de uma vida regrada até perceber que era o caos que me dava vida, o improviso,
a construção, a criação, o desespero e a alegria formando cada parte, entendi
então que era isso o tal “viver em arte”.
Seja feito rocha ou seja feito rio, perceber que somos
iguais em ser diferente é o primeiro passo para sermos de fato gente.
E agora João? E agora José?... sigo caminhando e cantando.... sigo voando, sigo a pé !
E agora João? E agora José?... sigo caminhando e cantando.... sigo voando, sigo a pé !
Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net
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