segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Um soneto com açúcar ou um café com afeto.


Rotineiro meu rumo em busca da lua, sair feito lobo atraído pelo brilho que reflete pra cá, buscar poesia no grande nada cinza, e escrevo tantos sonetos pelas ruas que devo até ter um livro de caminhos...

Em uma dessas, parei para tomar um café num canto qualquer da vida, e foi inevitável escutar a conversa da mesa ao lado, principalmente pela tranqüilidade do local naquele dito momento, palavras ao vento que ficaram por um tempo ecoando em meu pensamento, e na falácia: - Quer rir um pouco? Então leia aqui as mensagens que ele manda no meu celular.

Enquanto eu despejava o açúcar nas veias da minha cafeína, observava o riso maléfico no canto do lábio da doce menina, ...das doces meninas e de quantas vezes eu já fui o “ele” da mesma epopéia... e girava a colher, girava o açúcar, girava o mundo, e inquietava a cabeça.

E de tanto pensar e me perder nas idéias, acho que desde o dia em que o fluxo me pariu, já até perdi as contas de quantas vezes tomei o café, depois que ele já estava frio.


Marcelo Diniz

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