quinta-feira, 10 de junho de 2010

Diário de um outono (consciente incoletivo)

" Se quiser remar contra a maré
Se prepare para remar muito mais forte
Mania de andar sempre pro outro lado
De pensar sempre por linhas tortas
Enquanto o seu caminho é facil
Faço do meu tortuoso, e prazeroso
Enquanto voce perde tempo construindo um castelo
Eu vejo mais graça no bobo da corte
Enquanto o seu coração bate
Eu ensino o meu a apanhar
Vai ver que é isso que faz doer a cabeça
Pensamentos insanos de uma quase bipolaridade

Demasiado humano, por diversas vezes
Demasiadas vezes, por deveras humano
Humano as vezes, por momentos diversos
Diversidade demasiada...

A lua me chama, não sei se volto
Já nem sei se cabe
Já nem sei quem sabe
E já não me importa, desembaralho em revolta

E quem sabe um dia uma dessas cartas não seja em vão
Afinal eu já aprendi a voar,
Mas se ainda tiver medo do escuro, não me siga
Lá é meu abrigo, meu conselho, meu amigo
- me dá a sua mão ?

É de lá que eu vejo o sol nascer
Vejo a lua nova sorrir para mim
O vento cantando pela esquina da parede
O vidro trepidando quando o onibus passa
O vão da janela
O nó na goela

O café me deixa ligado
A arte me deixa pilhado
Já fui feito filho unico para me acostumar
Que rumo só, e só assim continuarei rumando

Tenho que me acostumar com o consciente
O consciente incoletivo que me cerca

Arte pela vida, arte pela arte
Daqui para o sempre
Arte pela eternidade "


Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net

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