" Se quiser remar contra a maré
Se prepare para remar muito mais forte
Mania de andar sempre pro outro lado
De pensar sempre por linhas tortas
Enquanto o seu caminho é facil
Faço do meu tortuoso, e prazeroso
Enquanto voce perde tempo construindo um castelo
Eu vejo mais graça no bobo da corte
Enquanto o seu coração bate
Eu ensino o meu a apanhar
Vai ver que é isso que faz doer a cabeça
Pensamentos insanos de uma quase bipolaridade
Demasiado humano, por diversas vezes
Demasiadas vezes, por deveras humano
Humano as vezes, por momentos diversos
Diversidade demasiada...
A lua me chama, não sei se volto
Já nem sei se cabe
Já nem sei quem sabe
E já não me importa, desembaralho em revolta
E quem sabe um dia uma dessas cartas não seja em vão
Afinal eu já aprendi a voar,
Mas se ainda tiver medo do escuro, não me siga
Lá é meu abrigo, meu conselho, meu amigo
- me dá a sua mão ?
É de lá que eu vejo o sol nascer
Vejo a lua nova sorrir para mim
O vento cantando pela esquina da parede
O vidro trepidando quando o onibus passa
O vão da janela
O nó na goela
O café me deixa ligado
A arte me deixa pilhado
Já fui feito filho unico para me acostumar
Que rumo só, e só assim continuarei rumando
Tenho que me acostumar com o consciente
O consciente incoletivo que me cerca
Arte pela vida, arte pela arte
Daqui para o sempre
Arte pela eternidade "
Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net
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