Escorria em saudade
Por cada passo seu
Deixando um rastro de vontade
Feito pingo púrpura
Em poça cristalina
Que espalha aos poucos
Aos tantos
Aos cantos
...não doía
Pois não tinha por onde...
Era um vazio
No peito, feito alucinação
...era um vazio, buraco constante
Desde o dia em que te dei
O meu coração.
Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net
quinta-feira, 25 de julho de 2013
sexta-feira, 19 de julho de 2013
O Salto
E na próxima vez
Que a luz do farol
Iluminar a rua
E ancorar em frente
A minha persiana singela
Eu salto lá de cima
Do parapeito do primeiro andar
Sem lenço nem documento
Sem chave para poder voltar
Já não precisarei mais
Da janela
Nem das chaves
Nem da caverna
Salto para a vida
Agora eu só preciso dela.
Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net
Que a luz do farol
Iluminar a rua
E ancorar em frente
A minha persiana singela
Eu salto lá de cima
Do parapeito do primeiro andar
Sem lenço nem documento
Sem chave para poder voltar
Já não precisarei mais
Da janela
Nem das chaves
Nem da caverna
Salto para a vida
Agora eu só preciso dela.
Marcelo Diniz
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quinta-feira, 18 de julho de 2013
Ensaio Sobre o Cotidiano
O cotidiano é o bicho mais feroz de todos os tempos, devora
civilizações, devora idéias, devora vontades, por pura falta de opção, pura e
simples vaidade.
Sabe que independe de religião, mas veja os fatos, jogue seu
relógio do tempo para 2.000 anos, daqui pra frente, e ainda assim alguém vai
puxar o seu tapete por muito menos que 10 moedas de ouro, nosso cotidiano
mesquinho fará disso um constante caminho. Por pura conveniência alguém também
vai de forma descarada, aceitar ou negar
a sua existência, te dar um beijo falso ou um abraço apertado, enquanto ainda tiver
interesse em seu par de sapato, quiser proclamar o seu reino, reivindicar o seu
afago.
Agora se você tem força o suficiente para passar por cima de
tanto ódio e tanta dor, e pregar feito um profeta solitário no deserto, sobre o
bem que faz o AMOR, ai pode passar mais 20.000 anos, que o feroz cotidiano
ainda fará com que você seja de forma justa e honesta (novamente) o único pregado.
Marcelo Diniz
Toque de Midas
Eu amava a Lua
Mas tinha o Sol como elemento
Triste caminho de desencontros
Quis assim o meu destino
Cósmico ou kármico intento
Minhas mãos quentes
Aqueciam a geada
O vento gelado da madrugada
Mas feito fogo em minha palma
Tal qual o toque de Midas
Todo esse calor em luz
Ainda não aquecia
Minha pobre e triste alma...
Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net
Mas tinha o Sol como elemento
Triste caminho de desencontros
Quis assim o meu destino
Cósmico ou kármico intento
Minhas mãos quentes
Aqueciam a geada
O vento gelado da madrugada
Mas feito fogo em minha palma
Tal qual o toque de Midas
Todo esse calor em luz
Ainda não aquecia
Minha pobre e triste alma...
Marcelo Diniz
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Ensaio Sobre a Vontade
E quem diria que era nisso que a vida iria se transformar,
nesse monte de – Mas como? Que eu vivo
perguntando para o grande nada infinito, em horas que a janela me
prende, em horas a fio olhando para o chão... Percebi que eu não estava
questionando ou procurando a providência divina, eu tentava era me encontrar em
algum espelho do futuro, em algum caminho do passado, tentava não passar em
branco por toda essa vida circundada em fatos... A vida é aquilo que passa
enquanto você busca a melhor forma de resolver seus traços.
Eu busco apenas ser honesto com minha verdade, e deixo a providência divina e a conspiração do universo que se manifeste em minhas vontades.
Eu busco apenas ser honesto com minha verdade, e deixo a providência divina e a conspiração do universo que se manifeste em minhas vontades.
É a vontade que muda o mundo, que de forma pura e certeira,
transforma o que outrora foi um devaneio, numa projeção utópica verdadeira.
Marcelo Diniz
Marcelo Diniz
terça-feira, 16 de julho de 2013
Ruas de Fogo
Foi então que eu acordei
Deveras sonolento
Desse sonho em tormento
Eram ruas de fogo
Fumaça no céu
E a imagem da face nua
Estampando no meu centro
Silhueta sua
Fazia-me derreter feito água
Borbulhava em minhas chamas
E desfazia pelo ar
Feito cheiro de eucalipto
Grudava feito mel
Depois em chuva negra
Escorria feito lama
...virava para os lados
Eram três da matina
E eu sentado na cama...
Ardia em suor
Ainda derretia em minhas chamas
Mas do vão escuro da janela
Ouvia o grito do silêncio
Da sua voz, ausente... presente
- Onde estás? Onde estás que não me chamas?
Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net
Deveras sonolento
Desse sonho em tormento
Eram ruas de fogo
Fumaça no céu
E a imagem da face nua
Estampando no meu centro
Silhueta sua
Fazia-me derreter feito água
Borbulhava em minhas chamas
E desfazia pelo ar
Feito cheiro de eucalipto
Grudava feito mel
Depois em chuva negra
Escorria feito lama
...virava para os lados
Eram três da matina
E eu sentado na cama...
Ardia em suor
Ainda derretia em minhas chamas
Mas do vão escuro da janela
Ouvia o grito do silêncio
Da sua voz, ausente... presente
- Onde estás? Onde estás que não me chamas?
Marcelo Diniz
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Rotina
Poderia sair do rumo
Criar nova rotina
Desbravar o velho mundo
Mas e os muros?
Demorei tanto para pintar
Demorei tanto para compor
Demorei tanto para escrever
Que abandoná-los agora
Seria a forma mais covarde
De negar a verdade
De forçar de forma errada
A manifestação da vontade
Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net
Criar nova rotina
Desbravar o velho mundo
Mas e os muros?
Demorei tanto para pintar
Demorei tanto para compor
Demorei tanto para escrever
Que abandoná-los agora
Seria a forma mais covarde
De negar a verdade
De forçar de forma errada
A manifestação da vontade
Marcelo Diniz
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quinta-feira, 11 de julho de 2013
No Céu
Era uma mistura
De laranja e azul
Tão bonita
Que certamente esse pintor
Renascentista
Tropicalista
Humanista
Se inspirou nos traços
Que outrora rabiscou
No papel
Era de uma precisão tão grande
Que depois que morreu
Foi logo contratado por Deus
Para pincelar seus traços
Pelo céu
Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net
De laranja e azul
Tão bonita
Que certamente esse pintor
Renascentista
Tropicalista
Humanista
Se inspirou nos traços
Que outrora rabiscou
No papel
Era de uma precisão tão grande
Que depois que morreu
Foi logo contratado por Deus
Para pincelar seus traços
Pelo céu
Marcelo Diniz
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terça-feira, 9 de julho de 2013
Brisa Fria
A janela ainda era a mesma
As árvores na rua
O gosto do café
O cheiro do pó na barba
O vão entre as construções
Onde o Sol terminava as tardes
As tardes de calma em agonia
As vezes o vento, da gelada brisa fria
A eterna busca
A necessidade da reinvenção
A velha cabeça maluca
Com a mesma cena, de toda a vida
E aos poucos o tempo nos engole
Feito um feroz furacão
De cada cena, cada cair de tarde
Cada imagem igual
Cada momento
De doce e fria ilusão...
Marcelo Diniz
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As árvores na rua
O gosto do café
O cheiro do pó na barba
O vão entre as construções
Onde o Sol terminava as tardes
As tardes de calma em agonia
As vezes o vento, da gelada brisa fria
A eterna busca
A necessidade da reinvenção
A velha cabeça maluca
Com a mesma cena, de toda a vida
E aos poucos o tempo nos engole
Feito um feroz furacão
De cada cena, cada cair de tarde
Cada imagem igual
Cada momento
De doce e fria ilusão...
Marcelo Diniz
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quinta-feira, 4 de julho de 2013
Luz Azul
E o céu esculpiu
Uma linda Fenix
Sobre nossas cabeças
Das peripécias do divino
Em espírito lúdico falava:
- Renasce menino!
E toda aquela força
Outrora escondida
Ou sugada
Voltava feito raio de luz
E num simples piscar de olhos
A cidade toda iluminava
Em certeza, és minha parte
Somos iguais em amor
Somos completos em verdade
Marcelo Diniz
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Uma linda Fenix
Sobre nossas cabeças
Das peripécias do divino
Em espírito lúdico falava:
- Renasce menino!
E toda aquela força
Outrora escondida
Ou sugada
Voltava feito raio de luz
E num simples piscar de olhos
A cidade toda iluminava
Em certeza, és minha parte
Somos iguais em amor
Somos completos em verdade
Marcelo Diniz
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Do Meu Lado
E até o céu em Saturno
Que me cerca de sonhos
De momentos lúdicos
Vibrava em alegria
Na plenitude daquele tempo
Quando viu que a face tua
Povoava o meu olhar
Desenhou o amor em nuvem
E não deixou o vento espalhar
Fez-se vivo em cada estrela
Cintilando um tempo nublado
Prestou tributo ao grande filho
Ao perceber que eu trouxe a LUA
Para admirá-lo, do meu lado
Marcelo Diniz
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Que me cerca de sonhos
De momentos lúdicos
Vibrava em alegria
Na plenitude daquele tempo
Quando viu que a face tua
Povoava o meu olhar
Desenhou o amor em nuvem
E não deixou o vento espalhar
Fez-se vivo em cada estrela
Cintilando um tempo nublado
Prestou tributo ao grande filho
Ao perceber que eu trouxe a LUA
Para admirá-lo, do meu lado
Marcelo Diniz
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