O poeta é um fingidor
Por todo o sempre, eternamente
Finge sentir desamor
De um coração, que deveras sente
Bate, gruda e despedaça
Coração calado e vadio
Toma o corpo igual fumaça
Sentimento torto, vazio
Pego emprestado os versos de Pessoa
De maneira fútil, tal qual ladrão
E recrio angustia e temor
De um gelado coração
Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net
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