quinta-feira, 18 de março de 2010

Ancestral

" Uma gota de orvalho cai
Enquanto um velho caminha
E das angustias dos atos falhos
Ainda sobra o ar que respira

Perdido o velho, em novos sonhos
Estrada longa, maior que a vida
O campo verde, sensação boa
E o medo de acabar, antes do começo

Saudade de muita coisa
Coisas que ainda nem conhece
E outras que ja fazem falta
Como certas lembranças do espelho

Espelho de carne, em carne viva
Espelho que vai e a carne que fica
Aurora boreal, num polo norte deveras quente

Alma fria, espelho quebrado
Olhos artificiais, letreiros pela cidade
Caminhando na mais tenra idade

Enquanto o velho caminho
Uma gota de orvalho cai
Ainda cai ... "


Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net

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