quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Dois cafés, para um



Café, poesia e duas doses de ironia


 Dois cafés, para um

Dia desses voltei com um hábito que tinha ficado deveras esquecido em algum dos meus cantos, resolvi que precisava conversar um pouco comigo e sai sem rumo, em busca do céu, de um café ou dois, sem querer saber o que viria depois.

Subi até o topo e sentei naquela pedra, no meu lugar de ouvir Deus, para contemplar a vida e buscar o silêncio que muitas vezes é ofuscado pelo cotidiano, e fiquei ali vendo as luzes da cidade e aquele furor das pessoas correndo junto com a tal obsolescência programada. Lá no fundo comecei a ouvir aquela voz, feito gritos da alma que surgem no meio da mais tranqüila calma.

Ele falava o que esperava de mim no futuro enquanto eu questionava o que ele tinha feito de mim no passado, traçamos planos, definimos limites e chegamos num mesmo ponto em comum: daqui para frente devemos ter encontros mais freqüentes.

Horas depois voltei, no caminho o templo de todo poeta boêmio, uma casa de café...  entrei, e pedi com cara de “lugar nenhum”:

- Por favor, dois cafés... para um !!!


Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net

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