Café, poesia e duas
doses de ironia
E diga-me, querida
Hoje, quanto tempo você fica?
Esqueço da vida e preparo o café?
Ou degusto o café
E te preparo a minha vida?
Disse certa vez o poeta, e até que a parábola da jogo,
afinal de contas tem dias que o café fica muito doce, por mais que você sempre
coloque a mesma medida, por mais que você já tenha feito inúmeras vezes, por
mais que você tenha certeza dos atos, por puro capricho ele adoça além, e
aquilo que deveria ser um energético acaba virando um calmante.
E tem dias que a vida toma gostos amargos, por mais que você
pense que está no comando, que domina os caminhos, que essa é a hora da
calmaria, vem a vida por pura ação do universo e te joga um gosto
energeticamente amargo, te puxa da zona de conforto e faz caminhar o próximo
passo.
...na dúvida, o café decepciona menos... na dúvida, a vida sempre vale mais...
...na dúvida, o café decepciona menos... na dúvida, a vida sempre vale mais...
Marcelo Diniz