Foi um ano de poucas postagens, confesso, mas foi também um ano de mais ação fora das paredes dessa enorme nuvem virtual, plantando sonhos nas praças desse Brasil, passando pela grande experiência que foi ter participado da Bienal Internacional do Livro de São Paulo em agosto de 2014 com o primoroso Sonho Cotidiano, e agora chegando nessa ação mais efetiva do ano que é a publicação do quarto livro, senhoras e senhores nasceu PARTHENON.
Interessados escrevam para: mhdiniz@gmail.com
E que venham os próximos parágrafos dessa vida !
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Lúcidos
Em retro visão
Seus olhos
Fechados, cansados
Atentos...
Mas era o Sol
Do meu dia
Em meio a nuvem cinza
Cada vez que abria
E me fitava...
Era ali que eu morria
Ali que eu nascia
...ali que eu ficava
Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net
Seus olhos
Fechados, cansados
Atentos...
Mas era o Sol
Do meu dia
Em meio a nuvem cinza
Cada vez que abria
E me fitava...
Era ali que eu morria
Ali que eu nascia
...ali que eu ficava
Marcelo Diniz
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quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Tarde Improvável
Ela dizia:
- Promete que vai espalhar o amor?
...certa estranheza...
Mas com riso
Aquele de canto de boca
Eu rebatia
- Só por onde eu for...
Promete mesmo? não vai esquecer?
Prometo meu bem
Feito o Sol da meia noite
Que não espera o dia amanhecer
Marcelo Diniz
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- Promete que vai espalhar o amor?
...certa estranheza...
Mas com riso
Aquele de canto de boca
Eu rebatia
- Só por onde eu for...
Promete mesmo? não vai esquecer?
Prometo meu bem
Feito o Sol da meia noite
Que não espera o dia amanhecer
Marcelo Diniz
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domingo, 20 de julho de 2014
...e além !
Poeta não tem coração
Tem no peito
Um amontoado de estrelas
É todo constelação
Marcelo Diniz
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Tem no peito
Um amontoado de estrelas
É todo constelação
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terça-feira, 15 de julho de 2014
Poeta lunático
Lua, Lua, Lua
Toda Lua
Nua
Crua
Minha mente, rua
Volúpia, Lua
Toda rua
Tua
Face cratera
Engole, embrulha
Lua, nua, crua
Tua face
Toda parte
Faz-se minha...
Minh'alma sua
Marcelo Diniz
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Toda Lua
Nua
Crua
Minha mente, rua
Volúpia, Lua
Toda rua
Tua
Face cratera
Engole, embrulha
Lua, nua, crua
Tua face
Toda parte
Faz-se minha...
Minh'alma sua
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Caminhante...
É assim
Que um leão passa
Caminhando
Por entre as moitas
Escolhendo
Por entre os olhos
Qual será
A vítima da sua caça
No instinto, seleção natural
É assim
Que um leão fica
Ao fitar os olhos da Lua
Poderosa, charmosa, nua
Cai embasbacado
Fera ferida, enjaulado
No olhar da saudade, um golpe fatal
Marcelo Diniz
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Que um leão passa
Caminhando
Por entre as moitas
Escolhendo
Por entre os olhos
Qual será
A vítima da sua caça
No instinto, seleção natural
É assim
Que um leão fica
Ao fitar os olhos da Lua
Poderosa, charmosa, nua
Cai embasbacado
Fera ferida, enjaulado
No olhar da saudade, um golpe fatal
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quinta-feira, 29 de maio de 2014
Um Livro Aberto
Ele era poesia
Breve...
Feito o verso inicial
Confuso...
Feito as frases do meio
Surpreendente
Feito o desfecho final
Ele era poesia
Era verso, era prosa, era rima
Era o frio das alcovas do norte
Era o doce nos lábios da menina
Ele era poesia
Sem ponto, sem vírgula, sem aspas
Poesia sincera, sem melodia
Sem refrão...
...sem muro
Sem mundo
Contudo
Coração...
Marcelo Diniz
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Breve...
Feito o verso inicial
Confuso...
Feito as frases do meio
Surpreendente
Feito o desfecho final
Ele era poesia
Era verso, era prosa, era rima
Era o frio das alcovas do norte
Era o doce nos lábios da menina
Ele era poesia
Sem ponto, sem vírgula, sem aspas
Poesia sincera, sem melodia
Sem refrão...
...sem muro
Sem mundo
Contudo
Coração...
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quinta-feira, 8 de maio de 2014
Que Não Quer Calar...
Trouxeste a chave?
Perguntava Drummond
Em tom de ironia
Na folha central da antologia
Feito música nos meus ouvidos
Uma desafinada melodia...
- Alto lá cara pálida
o Drummond dessa prosa é você...
E era isso, o mundo é repleto de respostas
Resta ter a perspicácia
E semear as perguntas da forma que quiser...
- E agora Drummond?
...- E agora José?...
Marcelo Diniz
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Perguntava Drummond
Em tom de ironia
Na folha central da antologia
Feito música nos meus ouvidos
Uma desafinada melodia...
- Alto lá cara pálida
o Drummond dessa prosa é você...
E era isso, o mundo é repleto de respostas
Resta ter a perspicácia
E semear as perguntas da forma que quiser...
- E agora Drummond?
...- E agora José?...
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terça-feira, 15 de abril de 2014
A Lua vermelha
Já nem tento mais entender
Todo pensamento dos meus dias
Sempre começam e terminam em você
O céu chora
E traz o universo todo pra cá
Te vi brilhando em uma estação lunar
Nessas tardes de chuva inteira
Percebo que tenho mais fases e eclipses
Que a Lua cheia
Marcelo Diniz
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Todo pensamento dos meus dias
Sempre começam e terminam em você
O céu chora
E traz o universo todo pra cá
Te vi brilhando em uma estação lunar
Nessas tardes de chuva inteira
Percebo que tenho mais fases e eclipses
Que a Lua cheia
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quarta-feira, 9 de abril de 2014
Marte
Numa noite avermelhada
De mãos dadas, no meio da rua
Olhando para o céu ela disse
- Por você vou até a Lua
... sem titubear, de bate e pronto
Munido de sinceridade
Por toda parte
Olhei rasgando olho no olho
E declamei
- Por toda Via Láctea, vou aMar-te
Marcelo Diniz
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De mãos dadas, no meio da rua
Olhando para o céu ela disse
- Por você vou até a Lua
... sem titubear, de bate e pronto
Munido de sinceridade
Por toda parte
Olhei rasgando olho no olho
E declamei
- Por toda Via Láctea, vou aMar-te
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quarta-feira, 26 de março de 2014
Quem vem lá?
A força do medo
Feito apego
Desprega os momentos
Suga a alma
E faz sermos tão pouco
Descobrimos então
Que feito caixa oca
Já não temos alma
Só temos corpo
Triste engano das confusões da calma
Afinal deixamos aqui o corpo
Para um celeste mundo de alma
Marcelo Diniz
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Feito apego
Desprega os momentos
Suga a alma
E faz sermos tão pouco
Descobrimos então
Que feito caixa oca
Já não temos alma
Só temos corpo
Triste engano das confusões da calma
Afinal deixamos aqui o corpo
Para um celeste mundo de alma
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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Santo de Casa
Tinha um poeta na família
Mas passava as tardes frias
Lendo as bulas de remédio
Nas de calor então
Procurava outra diversão
Para espantar esse tédio
Reclamava sobre a cultura
Sobre a falta de noção
Desse povo iletrado e pagão
Que desperdiçava o tempo
Que fazia litros de vinho
E só tomava o vinagre
E nem percebia que fazia igual
Pois era cheio de santos em casa
Mas nunca acreditou em milagre...
Marcelo Diniz
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Mas passava as tardes frias
Lendo as bulas de remédio
Nas de calor então
Procurava outra diversão
Para espantar esse tédio
Reclamava sobre a cultura
Sobre a falta de noção
Desse povo iletrado e pagão
Que desperdiçava o tempo
Que fazia litros de vinho
E só tomava o vinagre
E nem percebia que fazia igual
Pois era cheio de santos em casa
Mas nunca acreditou em milagre...
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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Cena de Cinema
É a mesma janela, passei décadas naquele parapeito, e o
tempo foi comendo o cenário ao redor, sempre aparece um bem-te-vi esperando
alguma migalha que caia da minha mão ou caçando pequenos bichos pelo chão,
claro que não é o mesmo pássaro, mas é sempre a mesma cena... as grades, o
portão, o poste e suas trincas, o asfalto judiado, as plantas, e a
árvore... que vem crescendo por décadas,
e sendo podada, crescendo e sendo podada.
Reflexos da vida, vai ver que do parapeito do caule ela vem me observando por algumas décadas também, crescendo e sendo podado, moldado, as tardes que passam feito o faminto pássaro nas minhas migalhas de saudade.
Reflexos da vida, vai ver que do parapeito do caule ela vem me observando por algumas décadas também, crescendo e sendo podado, moldado, as tardes que passam feito o faminto pássaro nas minhas migalhas de saudade.
Sempre a mesma cena, até que a sorte nos espalhe.
Marcelo Diniz
domingo, 9 de fevereiro de 2014
Passos
Ainda passo por lá
Para celebrar
A dor das minhas derrotas
...o cheiro do diesel
O suor na testa
O gosto amargo na boca...
Ainda passo por lá
Buscando paz aos olhos
E quem sabe um dia
Eu consiga passar
Sem tem que ir até lá...
Enquanto isso
Passo, passos, passo...
Marcelo Diniz
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Para celebrar
A dor das minhas derrotas
...o cheiro do diesel
O suor na testa
O gosto amargo na boca...
Ainda passo por lá
Buscando paz aos olhos
E quem sabe um dia
Eu consiga passar
Sem tem que ir até lá...
Enquanto isso
Passo, passos, passo...
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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Por Mais Que A Gente Grite
Você passa anos criando uma conduta, construindo seus dogmas
e tabus, mas basta uma única situação em
que na tênue linha a emoção for mais pesada que a razão, que tudo aquilo que
você jurou que nunca faria torna-se um fato normal, seus dogmas e tabus
escorrem pelo buraco do ralo e sua conduta é soprada para fora da sua essência
como simples poeira em vão.
Pode ser que isso tenha relação com o tal livre arbítrio,
com a nossa possibilidade de escolhas, é como ter a perna toda machucada e
escolher tratar só uma ou outra ferida, mas eu ainda acho que é por que ainda
não percebemos que ninguém nos salva da vida.
Vida que se manifesta por pura falta de opção, deixando
fluir vontade, e brota um ser, mesmo sem saber se ele já quer ser, e brota uma
dúvida, que vira uma idéia, que agrupa
algumas linhas, e faz então um verso... brota o universo.
Marcelo Diniz
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domingo, 2 de fevereiro de 2014
Catavento
Acaba sendo estranho
Porque isso tudo
É contra a minha conduta
Mas... nesses momentos...
Nos motivos do coração
Nem sempre da tempo de brigar
Quando percebemos, já perdemos a luta
Vencido, enjaulado
Leão amortecido
Atento aos passos
Na espreita do perigo
Correndo... atrás...
Do próprio rabo
Marcelo Diniz
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Porque isso tudo
É contra a minha conduta
Mas... nesses momentos...
Nos motivos do coração
Nem sempre da tempo de brigar
Quando percebemos, já perdemos a luta
Vencido, enjaulado
Leão amortecido
Atento aos passos
Na espreita do perigo
Correndo... atrás...
Do próprio rabo
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sábado, 1 de fevereiro de 2014
Dez anos ou mais
Já é um tempo nessa abstinência
Afogo todas as mágoas
Numa garrafa de água gelada
Mas o inferno é igual...
Na hora da violenta amargura
Feito um bêbado rastejante
Percebo minha face
Estampada...
No meio da privada...
Lá é o altar de cada pecado
É o grito, outrora engolido
E o riso amarelo, engasgado
Marcelo Diniz
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Afogo todas as mágoas
Numa garrafa de água gelada
Mas o inferno é igual...
Na hora da violenta amargura
Feito um bêbado rastejante
Percebo minha face
Estampada...
No meio da privada...
Lá é o altar de cada pecado
É o grito, outrora engolido
E o riso amarelo, engasgado
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Hippie pós Moderno
Numa dessas noites, passei perto de uma confusão na
rua, era uma briga de fato, e uma das pessoas falava – Eu sou um ex-fuzileiro
do exército francês, eu poderia ter “morrido” ele... Claro que essa conjugação
foi devido ao nosso complicado idioma para um estrangeiro , mas segui andando
para longe daquilo e a frase continuava martelando a minha cabeça, no fim das
contas acho que é esse o ofício de um soldado mesmo, cada vida que vai é um
pedaço dele indo junto, eu poderia ter morrido faz total sentido, quando falta
ombro, quando falta abrigo.
Cada dia tenho mais certeza de que as coisas estão ficando
perdidas pelo caminho, e cada dia tenho mais certeza de que a culpa é toda
nossa.
Afinal, o ódio é um sentido natural, assim como também é o
amor, é só através da luz que você conseguirá enxergar a cor, uma rosa vermelha,
um girassol amarelo, um hippie colorido de paz&amor !
Marcelo Diniz
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Dias não vão em vão
Tem dias que passo em lugares
Pra semear o jardim
Da minha saudade
Tem dias que passo
Pra sentir o quanto dói
Cada derrota
Tem dias que
Perdido vou caçar a Lua
Por cada beco, em cada rua
Tem dias
Que não chegam
E não passam
Marcelo Diniz
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Pra semear o jardim
Da minha saudade
Tem dias que passo
Pra sentir o quanto dói
Cada derrota
Tem dias que
Perdido vou caçar a Lua
Por cada beco, em cada rua
Tem dias
Que não chegam
E não passam
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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Fé em Deus e Pé na Tábua
Fui levantar da cama, pisei em falso em cima de uma meia que por algum motivo
escapou até ali e fez meu pé deslizar mais do que o corpo, levantei
caindo... horas depois, tomando café na
padaria, percebi que estava sentado em uma daquelas cadeiras de plástico
injetado, daquelas que só de olhar você já imagina que vai ceder, achei melhor
terminar o café tranqüilo, e quando fui levantar bati o joelho no pé da mesa,
afastei rápido demais para não derrubar tudo e o lado direito da cadeira
deslizou para dentro, e lá estava eu com os joelhos e as palmas no chão.
Em menos de 12 horas eu já tinha caído duas vezes, e acabara de cair novamente... caiu a ficha, sabe quando vem aquele insight ?
Tem dias que o melhor que a vida pode oferecer é te estabanar no chão, te jogar sem dó para que você aprenda que cair também faz parte do processo. Afinal, depois de estar no chão o próximo passo natural é levantar.
Do chão não passa, é a metáfora, levantar é a virtude, mas acima de tudo entender que o chão existe e a queda é inevitável, aprender a cair machuca menos.
Em menos de 12 horas eu já tinha caído duas vezes, e acabara de cair novamente... caiu a ficha, sabe quando vem aquele insight ?
Tem dias que o melhor que a vida pode oferecer é te estabanar no chão, te jogar sem dó para que você aprenda que cair também faz parte do processo. Afinal, depois de estar no chão o próximo passo natural é levantar.
Do chão não passa, é a metáfora, levantar é a virtude, mas acima de tudo entender que o chão existe e a queda é inevitável, aprender a cair machuca menos.
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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Amores no céu
O amor é igual gaiola
Você tranca o pássaro
No egoísmo da posse
Ou solta o pássaro
Com a esperança que não fosse
Mas vai...
Volta alto, passa longe
Belo pássaro da vaidade
E fica você
E fico eu...
Limpando, colocando água, esperando
Com a gaiola da saudade
O amor não bate
Mas as vezes arde...
Marcelo Diniz
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Você tranca o pássaro
No egoísmo da posse
Ou solta o pássaro
Com a esperança que não fosse
Mas vai...
Volta alto, passa longe
Belo pássaro da vaidade
E fica você
E fico eu...
Limpando, colocando água, esperando
Com a gaiola da saudade
O amor não bate
Mas as vezes arde...
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