sábado, 15 de janeiro de 2011

A moça do andar de cima!

Era um quase ano novo
Todos estavam ocupados demais
Todos prestavam atenção, de menos
Nem o velho vaso valia
Da triste samambaia
Da orquídea murcha e vazia
Busca errada, afinal todos errantes
Inconseqüente as vezes, deveras
Quisera um ponto brilhante
Um brilho nenhum
Tivesse um brilho, mesmo distante
Tivesse... ombro nenhum
Relógio insistente em não andar
Ponteiro confuso
A hora certa, cabeça errada
Ou cansada
Final fácil, vidro de remédio cheio
Goela a dentro
Vida a fora
Enfim o descanso em paz... capaz!
Porta arrombada, UTI móvel
Destino cruel e sem lógica
E até nisso ela foi mal sucedida
Natureza que brinca com o tempo
O tempo que brinca com a vida...


Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário