Voam livres vira-latas
Pelo azul do céu chuvoso
Como um renegado
Que acorda pela praça
Em galho firme
Prepara o pouso
Triste céu de tempos malucos
De grão em grão constroem muralhas
Então rastejam pelo chão
Do fundo do ser, em clemência
Ciscando o amor (demência)
Em algumas migalhas
Tenha fé
Pegue um ramo
Siga a pé
Voando!
Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net
domingo, 29 de janeiro de 2012
Sopra a brisa
Com a mesma velocidade
Que as idéias aparecem
Elas também somem
Deixam a porta aberta
E desaparecem
De onde vem a poesia?
Que me sopra no ouvido
E despeja no papel
Casos e acasos já vividos
Para onde vai a que eu não pego?
Que aparece no meio do sono
Como brisa em onda, bate e volta
E vai repousar... em outra ilha!
Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net
Que as idéias aparecem
Elas também somem
Deixam a porta aberta
E desaparecem
De onde vem a poesia?
Que me sopra no ouvido
E despeja no papel
Casos e acasos já vividos
Para onde vai a que eu não pego?
Que aparece no meio do sono
Como brisa em onda, bate e volta
E vai repousar... em outra ilha!
Marcelo Diniz
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sábado, 28 de janeiro de 2012
Entre Muros
Até a rua fica mais quieta
O Sol do ano bissexto
Cai um pouco antes
E deixa minha paisagem incerta
O copo meio vazio
De um café um tanto frio
Perdido na janela
Observa de camarote
A triste calma
Do silêncio da alma
Da última curva
Aquela, em que perdi o rumo
Que me tirou de cena
E devagarinho
Em cada tijolo
Me trancou n'outro muro
Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net
O Sol do ano bissexto
Cai um pouco antes
E deixa minha paisagem incerta
O copo meio vazio
De um café um tanto frio
Perdido na janela
Observa de camarote
A triste calma
Do silêncio da alma
Da última curva
Aquela, em que perdi o rumo
Que me tirou de cena
E devagarinho
Em cada tijolo
Me trancou n'outro muro
Marcelo Diniz
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Arredio
Coração vadio
Arde em desejos insanos
Tortos e cansados
Queima o frio
No centro do inferno
Coração vadio
Me aquece no outono
Me derrete no inverno
Pirado e penado
Sepultado coração gelado
Coração vadio
Sangre e seca
Até morrer, vazio
Marcelo Diniz
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Arde em desejos insanos
Tortos e cansados
Queima o frio
No centro do inferno
Coração vadio
Me aquece no outono
Me derrete no inverno
Pirado e penado
Sepultado coração gelado
Coração vadio
Sangre e seca
Até morrer, vazio
Marcelo Diniz
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terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Um dia desses...
Perdido numa crônica urbana
Da selva de pedras
Das tardes humanas
Perdido num labirinto
Paredes e muros
Tardes sem fim
Perdido num conto
Labirinto de mim ...
Marcelo Diniz
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Da selva de pedras
Das tardes humanas
Perdido num labirinto
Paredes e muros
Tardes sem fim
Perdido num conto
Labirinto de mim ...
Marcelo Diniz
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Resquício
De energia pura
Que esvazia no abismo
Corroe, destrói, cansa
Cada vez que desço
Para buscar outra perdida
Em chamas de angústia
Das almas da vida
Triste ofício, difícil
Ao menos se fosse anjo
Com regalias do DIVINO
Mas nem resquício
O tormento são os outros
Aos poucos
Aos tortos
Aos tantos que se perdem
Aos prantos, despedem...!
Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net
Que esvazia no abismo
Corroe, destrói, cansa
Cada vez que desço
Para buscar outra perdida
Em chamas de angústia
Das almas da vida
Triste ofício, difícil
Ao menos se fosse anjo
Com regalias do DIVINO
Mas nem resquício
O tormento são os outros
Aos poucos
Aos tortos
Aos tantos que se perdem
Aos prantos, despedem...!
Marcelo Diniz
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Equinócio
Seja
Perceba
Esteja
Entenda
Despeja
Receba
Estenda
E ao menor sinal
De que deve faltar o ar
Beija
Depois respire...
Marcelo Diniz
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Perceba
Esteja
Entenda
Despeja
Receba
Estenda
E ao menor sinal
De que deve faltar o ar
Beija
Depois respire...
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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Estrela Entrelinha
Escrevo nas entrelinhas
E você pode entender o que quiser
Leia também nas entrelinhas
Pode ler seus desejos, devaneios ou idéias
Como se fossem as minhas
E mesmo se não for, pouco importa
Idéias são como ondas, de energia
Uma hora vem, uma hora vai
Chega na maré, bate e volta
Assim como a estrela
Que você vê, mas já morreu
A idéia volta que nem brilho
Um observa, outro absorve
Um interpreta, outro ignora
Um não entendeu, outro escreveu
E segue a luz...
Mesmo da estrela que já morreu !
"Minha estrela entrelinha, brilha e volta em outro verso, de uma idéia que já foi minha"
Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net
E você pode entender o que quiser
Leia também nas entrelinhas
Pode ler seus desejos, devaneios ou idéias
Como se fossem as minhas
E mesmo se não for, pouco importa
Idéias são como ondas, de energia
Uma hora vem, uma hora vai
Chega na maré, bate e volta
Assim como a estrela
Que você vê, mas já morreu
A idéia volta que nem brilho
Um observa, outro absorve
Um interpreta, outro ignora
Um não entendeu, outro escreveu
E segue a luz...
Mesmo da estrela que já morreu !
"Minha estrela entrelinha, brilha e volta em outro verso, de uma idéia que já foi minha"
Marcelo Diniz
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Navegação
Passando por dias de navio
Rodeado de gente
Interditado, vazio
Cheio de ar, que segura
E flutua...
Esperando a pedra da misericórdia
Que me rasga
E fura
Afunda...
Me enche de tudo
Menos de vida
Me transbordo de você
Me espalho
Me furo
Me molho
Me falho
Num coral profundo, me calo !
Marcelo Diniz
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Rodeado de gente
Interditado, vazio
Cheio de ar, que segura
E flutua...
Esperando a pedra da misericórdia
Que me rasga
E fura
Afunda...
Me enche de tudo
Menos de vida
Me transbordo de você
Me espalho
Me furo
Me molho
Me falho
Num coral profundo, me calo !
Marcelo Diniz
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A ilha
A ilha não se rende
Por mais que criem muros
Que cerquem com correntes
Ilha de gente
De tempos
De grão em grão
Dos momentos bons, dos ruins
Alguns em vão
Que vaga à deriva
De pessoas
De gostos
De cores
Do cheiro da vida
Marcelo Diniz
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Por mais que criem muros
Que cerquem com correntes
Ilha de gente
De tempos
De grão em grão
Dos momentos bons, dos ruins
Alguns em vão
Que vaga à deriva
De pessoas
De gostos
De cores
Do cheiro da vida
Marcelo Diniz
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domingo, 22 de janeiro de 2012
Desengano
Ainda sinto
Enroscado em algum canto
A força do seu perfume
Na barba falha
Na curva do queixo
No caminho reto da lágrima
Do desejo
Em algum canto ainda impune
Ainda sinto em cada poro
Estranha certeza
De impura natureza
De ser um, de ser dez, de ser mil
E ainda assim ser único
Úmido, vivo, tenso
Sinto: odeio e amo
Tal qual impúbere desengano
Sinto...
Marcelo Diniz
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Enroscado em algum canto
A força do seu perfume
Na barba falha
Na curva do queixo
No caminho reto da lágrima
Do desejo
Em algum canto ainda impune
Ainda sinto em cada poro
Estranha certeza
De impura natureza
De ser um, de ser dez, de ser mil
E ainda assim ser único
Úmido, vivo, tenso
Sinto: odeio e amo
Tal qual impúbere desengano
Sinto...
Marcelo Diniz
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