terça-feira, 5 de abril de 2011

Passageiro clandestino

Eu tenho medo
De pensar nos medos que tenho
Por entre sonhos e muros
Ainda cultivo anseios
Quisera ter passos largos
Largos e certeiros
Pudera caminhar tranqüilo
Passando pelo fim
Voltando até o meio

Quisera, pudera...
Ou quem sabe, quem dera?

Mas... espera!

Passageiro clandestino
Pré-humano de uma pós-humanidade

Voltando até o meio
Buscando-me no começo
E me encontro no caos
No terrível e tranqüilo
Caos atômico
De todo o meu silêncio!


Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário