Querido diário, hoje eu morri
Um dia comum, sem choro nem vela
Em outro espaço, nova esfera
Rostos marcados, riso engasgado
Insano desejo, incompreendido
De uma volúpia aquém, perdido
Outrora em espera de um tempo tardio
Distante do mundo, desse ai vendido
Impuro e agonizante
Aos tantos, aos montes
Rapida decisão, morrer aos trancos
Indo em direção ao armário dos heterônimos
Outro que se foi, hoje eu morri mais um pouco
Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net
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