quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Pulsa

Na levada, coração
Forte e firme
Consciência em vibração
Nas notas em melodia
De um dia cinza
Chuva em agonia
Triste e fria
Vontade...
Pulsa firme
Inteiro, em metades


Marcelo Diniz
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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Pergaminho

Que pula pela alma
Risca um prego
Bate a faca
E cai, em navalha fria
Do chão duro
Em cabeça macia
E escorre, em desejo
De gota em gota
Suspiro em sussurro
Até o último desejo
O último gosto
O próximo muro...


Marcelo Diniz
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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Passado

Desperta em mim
Além do encanto
Váriações emotivas
De um contínuo pranto
Que me surge...
Aos montes, aos tantos
Em momentos confusos
Da mente turbulenta
A velha cadeira vazia
A grande mesa cinzenta
O corredor escuro
O quarto nublado
O quadro torto e enrugado...


Marcelo Diniz
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sábado, 20 de agosto de 2011

Chuva

E cai a chuva
Em tarde cinza
De tempos atrás
Onde caía a ficha
Hoje caio eu
Além da risca
Um sussurro soturno
Nos cantos da alma
Inquietude distante
Constante tensão em calma
Hoje caio eu
Tensa reflexão
Cai o rei de copas
Cai o espelho
Caio eu
Em contradição!


Marcelo Diniz
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Trova da Saudade!

Canto alto a minha trova
Tanto quanto ponho em prova
Dos dias claros em céu pesado
Em alegria vil, tempo nublado

De Camões ao pré-Cordel
Faço versos, rimo tempos
De sonhos loucos e momentos
Me crio em nuvens pelo céu

Trova nostálgica, de sentimentos
Canto em mim, toda a verdade
De um coração por hora em tormentos
Tormentos em mim, viram saudades


Marcelo Diniz
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Entrelaçado

Um abraço
Tão apertado
Desses que prendem
Feito laço
Como um último suspiro
O apito final
Sinal de alerta
Em busca de um chão
Afago apertado
Desses entrelaçados
Que de tão encostado
Me troca até o coração!


Marcelo Diniz
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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Soturno

É também sobre impaciência
Caso platônico de desespero
Me brota em sangue na veia
Me escapa ao centro do espelho
Mas quando?
Quando é você?
Já cansei de mim...
Sem rimas conexas
Nos anéis tortos
De um planeta perdido
Caindo...
Sem gravidade
Grave... idade...
Verdade...


Marcelo Diniz
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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Fato escorrido

Mas quem é que me salva?
Já é uma briga tão dura
Tão dificil lutar contra
Vencido por mim mesmo
Algum eu oculto
Que me sopra prosas
Em versos e vultos
No caminho da chuva
Das minhas limitações
Seria quase um pleonasmo
Falar que é uma dor que dói
Mas é fato, marcado
Rasgado e doído
E quem é que me salva?
Do pleonasmo? do fato?
Do choro escorrido ...


Marcelo Diniz
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domingo, 7 de agosto de 2011

Círculo Vicioso!

Embriagado de mim mesmo
Por vezes acho que é vicio
Em outras um triste ofício
O fato é que é constante
Um ciclo inebriante
De outrora distante
Força azul
Em natureza brilhante
De forma homeopatica
Vou tomando de copo em copo
Saboreando cado dose
Até naufragar
Na minha eterna
Overdose


Marcelo Diniz
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Pleno

Por momentos, por vezes
Longe das vozes
Em torno do céu
Numa fuga alucinada
Indo contra a maré
Torna piso em nuvem
Um dia de cada vez
Dói na utopia que me veste
Esqueço então tudo que não foi!


Marcelo Diniz
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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Poesia Rápida

Uma poesia rápida
E barata, igual vinho
Desses, de ressaca
Que sai no susto
Feroz como um tapa
Que deita e rola
Que engorda mas não mata
Que tira o sono
E depois sorrateira resgata
Que começa sem rumo
Passeia no acaso
Toma corpo no talvez
E então acaba!


Marcelo Diniz
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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Ciber Humano

E vejo o além
Com olhos que não são meus
Seja perto ou longe
Apenas espero que seja
Por onde...
Até que então encontre
Onde descansam os seus

Voando ao diesel
Da pseudo filosofia
Com dentes de leão
Em porcelana
Com fúria de tufão
Em agonia

Mas se é um homem de lata
Pra que ter coração?
Ciber Humano, pseudo filosofia
Em van agonia
Desliga o botão!


Marcelo Diniz
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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Vaso

E quem salva os vasos?
Soltos nos cantos
Desencanto florido
Regado de amarguras
Da próxima consulta
Numa triste e fria
Sala de espera
Quem dera fosse um vaso
Que me olha pelo espelho
Do azulejo
...triste espera
- Humano? quem dera


*E assim começo com o processo da Pocket Poesia, a primeira escrita direto na tela do smartphone, numa triste e fria sala de espera... *


Marcelo Diniz
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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Em tempo!

A visão já não chega
Em outrora de fato
De caçador voraz
Sem presas
Perdendo ao tempo
Ficando ao relento
Procurando uma caverna
Um abrigo capaz
Onde fosse possivel
Apenas deitar
E descansar
Em paz!


Marcelo Diniz
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